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21/08/2020 às 14:56

Sobreviventes do suposto confronto com o Bope dizem que plano era roubar chácara de político

O grupo planejava assaltar a chácara de um político, onde haviam uma grande quantidade em dinheiro, joias e pedras preciosas.

Luzia Araújo

Sobreviventes do suposto confronto com o Bope dizem que plano era roubar chácara de político

Foto: Rogério Cabeça de Urso

Em depoimento, os dois sobreviventes do suposto confronto com o Batalhão de Operações Especiais (Bope), informaram que pretediam assaltar uma chácara de propriedade um políticos de Mato Grosso, porém, não disseram quem seria. Eles informaram ainda que os seguranças da autoridade estariam dando cobertura para o grupo. 

Ambos estavam juntos com o bando que foi morto no dia 29 de julho em Cuiabá. No dia, seis homens morreram. De acordo com os dois sobreviventes, na casa da chácara teria uma grande quantidade em dinheiro, joias e pedras preciosas.

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O depoimento aconteceu no dia 11 de agosto na Delegacia de Homicídio. Geovane Ferreira Sodre, de 24 anos, e Rogério da Cruz Liberatori, de 27 anos, deram versões semelhantes dos fatos.

Eles informaram que foram convidados por Jhon Dewyd Bonifacio de Lima, de 22 anos, para roubar a chácara de um político, onde haviam R$ 900 mil, além de joias, ouro e pedras preciosas. Nenhum dos dois soube informar o nome do  político. Além disso, os sobreviventes informaram que dois seguranças do político estavam dando apoio na ação criminosa. 

No dia do fato, Geovane e Rogério estavam no veículo Corolla junto com outros integrantes da quadrilha, enquanto o restante do grupo estava no veículo Uno.  O grupo se encontrou com um veículo Fox, no Ginásio Verdinho, no CPA, onde o condutor pediu para que eles o seguisse. Nenhum dos dois conseguiu visualizar o motorista.

Chegando na estrada de chão, o Fox acelerou, momento em que foram surpreendidos pelos disparos. Rogério disse que não visualizou nenhuma viatura na estrada e também não ouviu nenhuma ordem de parada da polícia. A mesma versão foi dada por Geovane. 

Os dois conseguiram escapar dos tiros. “Geovane abriu a porta do passageiro e o depoente caiu por cima de Geovane e saiu correndo abaixado, sendo que caiu 3 vezes e não se recorda de ver uma cerca de arame. Que o depoente correu junto com Geovane e quando já estavam distantes, ainda escutavam os disparos”. 

Eles correram sentido ao mato, atravessaram um córrego e chegaram até uma outra estrada de chão, onde um veículo prestou socorro aos dois. Rogério foi baleado na mão, procurou atendimento médico na policlínica do Verdão e depois foi transferido por Hospital Municipal de Cuiabá. Lá, ele foi procurado por policiais e questionado se tinha participação no caso do Belvedere, ele negou e disse que havia sofrido um “salve”. 

O caso segue sendo investigado pela polícia. 

Entenda o caso

O suposto confronto com o Batalhão de Operações Especiais (Bope) ocorreu nessa madrugada 29 de julho, por volta das 5h, em uma estrada vicinal do bairro Itamatary, em Cuiabá. Seis homens morreram, entre eles o soldado da Polícia Militar,  Oacy da Silva Taques Neto, de 30 anos, e o filho de um sargento da PM, identificado como Leonardo Vinícius Pereira de Moraes, de 24 anos.

A ação foi decorrente de uma denúncia sobre dois veículos, um Uno e um Corolla, este último com vidros blindados, nos quais estariam homens fortemente armados e com planos de praticar crimes. 

Segundo informações da Polícia Militar, equipes do Bope faziam diligências na tentativa de localizar os veículos apontados na denúncia, quando depararam com os veículos. Os ocupantes reagiram à abordagem policial disparando contra os policiais, que reagiram atirando. 


Foram encontrados nos veículos seis armas de fogo, sendo três pistolas, três revólveres, além de três rádios HT que seriam para monitorar a frequência da polícia, além de um colete balístico. 
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