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Notícias / Judiciário

25/08/2020 às 08:30

Rabaneda deixa defesa da família Cestari após ‘falta de consenso’ em contrato

Ele explicou, por meio de nota, que o contrato inicial previa o acompanhamento das partes até a fase de procedimento investigatório.

Camilla Zeni

Rabaneda deixa defesa da família Cestari após ‘falta de consenso’ em contrato

Advogado Ulisses Rabaneda

Foto: Alair Ribeiro/TRE-MT

O advogado criminalista Ulisses Rabaneda, do escritório Rabaneda Advogados Associados, deixou a defesa da família Cestari, no caso que apura a morte de Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos. A menina foi morta com um tiro na cabeça, no dia 12 de julho, na casa da família Cestari.

De acordo com o advogado, a mudança na defesa da família foi feita nessa segunda-feira (24). Ele explicou, por meio de nota, que o contrato inicial previa o acompanhamento das partes até a fase de procedimento investigatório. Contudo, não houve a renovação do acordo.

“A renovação não ocorreu por não ter havido consenso em relação a algumas cláusulas contratuais”, informou o documento. 

Segundo explicou o advogado ao Leiagora, as investigações em relação à morte da adolescente já estão encerradas, de forma que a defesa aguarda apenas um relatório da Polícia Civil. Dessa forma, a família Cestari passa a ser defendida pelo advogado Artur Barros Freitas Osti. 

Caso Isabele
Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, morreu na noite do dia 12 de julho, quando estava na casa de sua amiga, no condomínio de luxo Alphaville I, em Cuiabá.

Segundo a Polícia Civil, ela foi atingida por um tiro na cabeça, que teria entrado por suas narinas e saído pela nuca. A autora do disparo seria a melhor amiga e moradora da casa. O caso ainda é tratado como homicídio culposo (quando não há a intenção de matar).

As investigações, conduzidas por duas equipes da Polícia Civil, ainda tentam elucidar o que aconteceu na noite do crime. Mais de 20 pessoas prestaram depoimentos aos delegados, incluindo vizinhos e amigos das jovens envolvidas no caso.

Sobre a noite do crime, sabe-se que na casa da família Cestari, onde a morte da adolescente aconteceu, foram encontradas sete armas. Segundo a polícia, os membros da casa eram praticantes de tiro esportivo e as armas eram modificadas. Em razão da falta de documentação de duas armas, porém, o pai da família, o empresário Marcelo Cestari, foi preso por posse irregular de arma de fogo. Ele pagou uma fiança de R$ 1 mil e foi liberado na mesma noite.

A fiança do empresário, no entanto, foi sido alvo de disputa judicial. A família de Isabele considerou desproporcional o valor de fiança e recorreu na Justiça. Atualmente foi fixado o valor de R$ 52 mil, pago em duas parcelas. Enquanto isso, o Ministério Público ainda tenta aumentar o valor para R$ 104 mil. 

Ainda em relação às armas, duas das sete armas haviam sido levadas pelo namorado da adolescente que teria disparado contra a amiga. As armas são do pai dele, que também é praticante de tiro esportivo. Os dois prestaram depoimento sobre o caso.

No dia 18 de agosto, mais de um mês após o crime, os investigadores fizeram a reconstituição da noite do assassinato. A adolescente responsável pelo disparo não participou, alegando abalo psicológico. O resultado dessa apuração ainda não foi divulgado.

A defesa da família de Isabele, feita pelo advogado Hélio Nishiyama, acredita que houve falhas na investigação. A mãe da adolescente, Patrícia Hellen Guimarães, também disse acreditar que a melhor amiga de sua família a matou por ciúmes.

Confira a cobertura do caso Isabele aqui.
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