Euclides Ribeiro (Avante) lançou sua pré-candidatura ao Senado e já começou com o discurso afiado contra o senador interino Carlos Fávaro. Ele fez duras críticas ao parlamentar ao comentar sobre os gastos de R$ 100 mil da cota parlamentar.
Fávaro está no cargo desde abril, quando Selma Arruda (Podemos) foi cassada por “caixa 2” e abuso de poder econômico, e já gastou mais que os outros dois senadores de Mato Grosso em menos tempo de mandato.
“É imoral permitir que ele pegue lá dinheiro do gabinete para poder fazer o financiamento da campanha. [...] Esses R$ 100 mil que ele pegou lá, ele tirou um pedacinho do meu bolso para poder fazer campanha. Está errado, senador, tem que sentar aqui do meu lado. Me dá o debate para falar. É imoral, é tão imoral que vocês nem pensam mais quando estão fazendo isso, não se dão conta, acham normal, virou uma doença, chamada normose", disparou em entrevista coletiva na tarde dessa quarta-feira (26).
Para Euclides, se normalizou pegar o dinheiro que serve para custear o mandato e usar como quiser. "Está errado", finalizou.
Na sequência, Euclides exemplificou que toda verba que for utilizada em sua pré-campanha, com os gastos relativos à reunião de hoje, são de sua responsabilidade. “Eu não estou pegando dinheiro dos outros para ficar aqui contando história para vocês. Não tenho tempo para isso e nem dinheiro. E nem vocês têm, porque eu não estou pegando dos outros, eu estou pegando de vocês”.
A informação sobre o gasto de Fávaro foi noticiada pelo site O Antagonista na segunda (24). Conforme a publicação, R$ 62,5 mil teriam sido usados com “divulgação da atividade parlamentar” e o restante em despesas de seu escritório político e o aluguel de carro. “Na prática, nós estamos ajudando a financiar a campanha de Fávaro”, escreveu o site, que também ironizou o fato de as notas fiscais dos gastos estarem publicadas no site do Senado.
O Leiagora questionou Fávaro, por meio de assessoria, se ele gostaria de se manifestar sobre a crítica recebida e ele respondeu que não irá comentar o assunto.
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