O ex-governador Silval Barbosa e o empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, conhecido como Junior Mendonça, foram apontados como informantes do Ministério Público de Mato Grosso (MPE) em uma ação movida contra o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Sérgio Ricardo.
Contudo, Sérgio Ricardo também apontou que pretende apresentar testemunhas de defesa, indicando o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, e o deputado estadual Ondanir Bortolini, o Nininho, para sua defesa.
A decisão consta em despacho do juiz Bruno D'Oliveira Marques, da Vara de Ação Civil Pública e Popular de Cuiabá, do dia 31 de agosto.
Nesse caso, o Ministério Público tenta anular ato administrativo que indicou e aprovou o nome de Sérgio Ricardo para cargo no TCE, por suspeita de compra de vaga, pelo valor de R$ 4 milhões. O caso foi relatado por Silval Barbosa, em seu acordo de colaboração premiada.
Conforme a defesa de Sérgio Ricardo, porém, sua indicação para a vaga no TCE, que ficou aberta devido a aposentadoria do conselheiro Alencar Soares Filho, foi legítima. Na época ele era deputado estadual e, para comprovar, pediu o depoimento de Emanuel e Nininho, que eram parlamentares na mesma legislatura.
Sérgio Ricardo ainda tentou incluir depoimento de membros do Ministério Público, com o intuito de provar que houve irregularidades durante a tramitação do inquérito no órgão. Ele queria, por exemplo, que Paulo Prado, Domingos Sávio, Arnaldo Justino e Vagner Fachone, membros do Ministério Público, e os peritos criminais Sérgio Rodrigues e Cid Borges Correa prestassem depoimento. No entanto, não teve pedido deferido.