Além do pedido do governador Mauro Mendes (DEM), uma articulação envolvendo as eleições de 2022 também teria pesado na decisão do vice-governador Otaviano Pivetta (PDT), que desistiu de encarar a disputa suplementar ao Senado Federal que ocorre em novembro deste ano.
O anúncio do recuo foi feito nesta quarta-feira (2), após uma longa reunião no Palácio Paiaguás. Na oportunidade, o chefe do Executivo Estadual teria garantido apoio a Pivetta em 2022 para a eleição rumo ao comando do Palácio Paiaguás.
Isto porque, Mendes não pretende disputar a reeleição para governador na próxima eleição. A sua intenção seria encarar o pleito para senador. A “proposta” teria pesado para que Pivetta tomasse a decisão de recuar da disputa.
O vice-governador estava com sua candidatura colocada desde o início do ano, quando a eleição ainda estava marcada para o mês de abril. Na ocasião, inclusive, ele registrou candidatura com um arco de aliança com oito partidos. O ex-prefeito de Rondonópolis Adilton Sachetti (Republicanos) figurava como primeiro suplente, e Eliene Liberato (PSB), como segunda. Com a alteração da data do pleito, entretanto, a socialista abriu mão da chapa para concorrer à Prefeitura de Cáceres.
A fim de manter o arco de alianças, o PDT tenta viabilizar o nome do deputado estadual Max Russi (PSB) para a disputa suplementar e a sigla pedetista descarta qualquer possibilidade de apoiar Nilson Leitão (PSDB), que seria a indicação dos Campos, também pensando no apoio da família a Pivetta em 2022. Por outro lado, seria complicado também o vice-governador declarar apoio a Carlos Fávaro, candidato apoiado pelo grupo de Mendes, isto porque os dois são adversários políticos em Lucas do Rio Verde.