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Notícias / Política

03/09/2020 às 08:50

Alvo de operação, procurador-geral de Cuiabá é afastado do cargo

Afastamento foi por determinação judicial, mas também "a pedido" do procurador, segundo a prefeitura

Camilla Zeni

Alvo de operação, procurador-geral de Cuiabá é afastado do cargo

Procurador-geral de Cuiabá, Marcus Brito

Foto: Assessoria

O procurador-geral do município de Cuiabá, Marcus Brito, foi afastado do cargo na manhã desta quinta-feira (3), depois de ter sido alvo da segunda fase da operação Overlap, deflagrada pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção.

No início da manhã, a sede da Procuradoria também foi alvo de mandados de busca e apreensão, expedidos pela juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá.

Após o caso, a prefeitura informou que o afastamento do procurador se deu a pedido dele e garantiu que vai prestar todas as informações necessárias para o inquérito policial. Disse ainda reiterar “seu compromisso com a lisura e transparência na gestão pública”. 

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Na decisão judicial que autorizou o cumprimento de mandados de busca e apreensão, porém, a Justiça já teria determinado o afastamento cautelar do procurador.

Overlap

A primeira fase da operação foi deflagrada em 23 de junho, e teve como alvo o então secretário de educação do município, Alex Vieira Passos. Ele foi acusado de cometer desvio de dinheiro público, lavagem dos valores e advocacia administrativa. Além dele, também foi alvo o ex-secretário de educação Rafael Cotrim. 

Segundo as investigações, por meio de contratos para conclusão de reforma em uma creche no bairro CPA 3, firmados em 2012 e 2017 na gestão de Cotrim, os secretários teriam superfaturado a construção em mais de 60%, recebendo indevidamente mais de R$ 872 mil. Também foi descoberto que a empresa responsável pelo contrato seria ligada diretamente ao então secretário de Educação, Alex Vieira Passos, que era ordenador de despesas naquela época.

Alex também acabou afastado de suas funções, por determinação judicial.

Sobre o nome Overlap, a Polícia Civil informou que ele indica a sobreposição de itens licitados, pois as investigações apontaram duplicidade nas licitações identificadas, fazendo com que o município pagasse duas vezes pelo mesmo serviço.
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