Nove pontos iniciais de incêndios foram responsáveis pelo incêndio de cerca de 324 mil hectares no Pantanal, cerca de 68% de todos os focos de calor do bioma em Mato Grosso, desde o início do período proibitivo de 1º de julho, que segue até 30 de setembro.
A análise de origem realizada pelo Instituto Centro de Vida (ICV) mostra que um número pequeno de queimadas pode resultar em uma grande área incendiada, devido ao fogo que se alastra com rapidez diante condições climáticas e dificuldade de combate.
“O que também acabou levando a um número elevado de focos de calor no período”, aponta Vinícius Silgueiro, coordenador do ICV.
Dos nove pontos, cinco estão em imóveis cadastrados no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e três em áreas não cadastradas e um na TI Perigara, a terra indígena proporcionalmente mais impactada em todo o estado com 75% do território atingido.
No dia 17 de agosto, sete das nove áreas de incêndios ainda estavam ativas.
Os dados de focos de calor no estado são Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e são compilados pelo Monitor de Queimadas, plataforma de monitoramento lançada em julho pelo ICV. A metodologia implementada combina os dados dos focos de calor e a interpretação de sequência de imagens de satélite.
Fogo já consume 9% do bioma no estado
Considerada a proporção entre área queimada e o extensão total, o Pantanal foi o bioma que mais sofreu pela ação do fogo: as chamas, que atingiram 560 mil hectares, já consumiram 9% do bioma no estado.
Conforme o ICV, trata-se de uma área nove vezes maior que todo o desmatamento ocorrido na região nos últimos dois anos, que somou 59.950 hectares desmatados nos anos de 2018 e 2019.
O estudo também mostrou que 95% do fogo no bioma incidiu sobre áreas de vegetação nativa.
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