Cuiabá, quarta-feira, 17/04/2024
20:52:05
informe o texto

Notícias / Geral

19/09/2020 às 16:49

Mãe diz que perdeu a guarda do filho de 1 ano por ser vegana

Advogada afirma que mulher não foi ouvida para se defender e mostrar os cuidados que tinha com a criança

Metropoles

Mãe diz que perdeu a guarda do filho de 1 ano por ser vegana

Foto: Arquivo Pessoal

Moradora de Foz do Iguaçu, no Paraná, a paraguaia Patrícia Garcia afirma que perdeu a guarda do filho, de 1 ano e 2 meses, por ser vegana e por discriminação étnico-religiosa. As informações são do Portal G1.

Em agosto deste ano, a Vara da Infância e Juventude do município decidiu que a guarda do menino fosse transferida provisoriamente ao pai, Julio Moreira, pois a criança apresentava grave quadro de saúde e não estava com a vacinação em dia.

Para a Justiça, a mãe foi negligente com a criança, que corria riscos de saúde. Ela cuidou sozinha do filho desde a gestação.

No entanto, Patrícia alega que não foi ouvida e não pode se defender dizendo como cuidava do filho e, desse modo, provar que não foi negligente. Por conta disso, fez um abaixo-assinado on-line que contava com mais 90,6 mil assinaturas até essa sexta-feira (18/9).

A decisão de transferência da guarda, nesse caso, ocorreu com base nas informações apresentadas pelo relatório da rede de proteção de Foz do Iguaçu e parecer do Ministério Público do Paraná (MPPR). Ela ocorre em casos excepecionais.

A defesa da mãe entrou com recurso no Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) e aguarda que a decisão liminar do processo, que tramita em segredo de Justiça, seja revertida.

Em relatórios apresentados à Justiça, foi apontado que a mãe não permitia que a criança consumisse alimentos com proteína animal. Bem como indica que ela não concordava com a aplicação de vacinas por questões pessoais e porque algumas possuíam origem animal.

Segundo a advogada da mãe, a criança não estava com o calendário vacinal atualizado por recomendação médica porque o menino estava apresentando reações alérgicas.

Foi reforçado pela defesa que a decisão da Justiça foi elaborada integralmente sob a alegação de que os hábitos alimentares e o planejamento familiar da mãe vegana oferecem risco à integridade física e psicológica do filho.

Além disso, foi constatado pela equipe especializada que a criança apresentou déficit nutricional, sequelas neurológicas, falhas do metabolismo e anemia grave.

De acordo com a defesa de Patrícia, o bebê está saudável e as informações apresentadas nos relatórios, sobre a saúde dele, ocorreram porque o menino tem hidrocefalia, epilepsia refratária e anemia.

Entretanto, a advogada afirmou que a criança está sendo acompanhada por uma equipe médica multidisciplinar, da rede particular de saúde, desde os diagnósticos e que um cômodo da casa foi adaptado para as fisioterapias do menino.

O entendimento do advogado do pai é que a Justiça leve em consideração o que for mais favorável para o desenvolvimento da criança. A defesa alega que não quer expor o menino e que, por isso, não dará mais detalhes sobre o caso.

A Vara da Infância e Juventude de Foz do Iguaçu e instituições da rede de proteção informaram que não se manifestarão porque se trata de um processo sigiloso por envolver um menor de idade.
Clique aqui, entre na comunidade de WhatsApp do Leiagora e receba notícias em tempo real.

Siga-nos no Twitter e acompanhe as notícias em primeira mão.


 

0 comentários

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do site. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

 
Sitevip Internet