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Notícias / Política

26/09/2020 às 11:57

Senadores de MT não assinam pedido de abertura da CPI das Queimadas

Wellington chegou a assinar o documento, mas recuou. Já os demais parlamentares de MT optaram por não apoiar a investigação.

Eduarda Fernandes e Alline Marques

Senadores de MT não assinam pedido de abertura da CPI das Queimadas

Foto: Reprodução

Os três senadores de Mato Grosso, Welligton Fagundes (PL), Carlos Fávaro (PSD) e Jayme Campos (DEM), não assinaram o pedido de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o desmonte da política ambiental pelo governo federal e as queimadas na Amazônia e no Pantanal.

Wellington chegou a assinar o documento, que foi protocolado nessa quarta-feira (23), mas retirou o apoio. Ao Leiagora, a assessoria do parlamentar justificou que ele agiu dessa forma porque preside a Comissão Temporária do Pantanal e “quer manter uma condução isenta dos trabalhos”.

A assessoria de Jayme, por sua vez, explicou que ele não vê a necessidade de uma CPI e aposta muito mais na Comissão Temporária e em medidas emergenciais, como o pedido de liberação do Fundo do Clima (Lei 12.114/2009) para ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento na Amazônia e Pantanal. O senador estima que R$ 200 milhões de recursos emergenciais devem ser liberados. Adiantou, ainda, que a comissão agendou nova visita a região em três de outubro.

Já Fávaro informu, em nota, que na verdade nem cheguei foi procurado para assinar a CPI. Ele alegou ainda que segue atuando junto à comissão externa que trata da questão do Pantanal, da qual fez questão de participar, por acreditar que o momento seja de ação, de buscar soluções e consolidar um planejamento. O objetivo pe evitar que "esse drama não se repita daqui para frente".

Fávaro apresentou um projeto de lei que permite a contratação de aviões agrícolas para ajudar no combate ao fogo e certamente vou acompanhar também os trabalhos da CPI, afinal a questão ambiental é um dos pilares da sustentabilidade, algo que defendo e que é essencial para Mato Grosso e para o Brasil.

Até essa quarta-feira (23), a senadora Eliziane Gama (MA), líder do Cidadania no Senado, havia conseguido coletar 29 assinaturas para a abertura da CPI. Contudo, além de Wellington, também retiraram suas assinaturas os senadores Plínio Valério (PSDB-AM), Lasier Martins (Pode-RS) e Luiz do Carmo (MDB-GO). Porém, apesar dos recuos, Eliziane já voltou a atingir 28 assinaturas, uma a mais que o mínimo exigido.

Conforme a Agência Senado, o pedido da senadora ainda deverá ser lido no Plenário. A expectativa é de que a CPI seja instalada assim que forem retomadas as sessões presenciais, suspensas por conta da pandemia.

Para o parlamentar, a política de proteção ambiental do governo de Jair Bolsonaro é “extremamente deficitária”. Ela denuncia que, além das quedas nos recursos orçamentários para a preservação ambiental, o atual governo estaria executando apenas 0,4% das rubricas do setor.

Nesta linha, ela destaca que diversos setores do agronegócio atualmente também defendem políticas preservacionistas, até para garantir a exportação de alimentos. Ao contrário do discurso do presidente, que ela classifica como “negacionista”.

“O Brasil está pagando muito caro por isso, nossa imagem internacional está muito ruim, nós estamos tendo perdas econômicas significativas, inclusive com possibilidade de boicote, de limitação de compra dos alimentos brasileiros. O nosso país é um dos que tem a maior produção de alimentos do mundo. E hoje, realmente, poderá ser muito prejudicado, inclusive com acordos internacionais que, acabam ficando na berlinda, como é o caso do acordo Mercosul-União Europeia”, disse.
 
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