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Notícias / Política

19/10/2020 às 16:00

Emanuel muda tom de campanha e dispara contra adversários

O prefeito tornou a falar de sua inocência e lembrou que outros poderosos também foram delatados em crimes de corrupção

Camilla Zeni

Emanuel muda tom de campanha e dispara contra adversários

Foto: Secom

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) parece ter mudado o tom da campanha e passou atacar os adversários. Cansado de ser questionado sobre o episódio que marcou sua vida política - o caso do paletó, referente a um vídeo no qual aparece recebendo maços de dinheiro e colocando-os em seu terno -, o chefe do Executivo questionou o motivo de tantos políticos e empresários importantes se unirem contra ele. A manifestação do prefeito foi feita na manhã desta segunda-feira (19), quando foi entrevistado, de forma virtual, pelo programa Hora Marcada. 

Afirmando ter uma gestão voltada para o povo, Emanuel sugere que teria desagradado à essa classe de "poderosos" durante sua administração na Prefeitura de Cuiabá. Nesse grupo, ele citou nomes como o do governador Mauro Mendes e do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho.

"O que eu coloco em questão é o que será que está por trás da união de tantos poderosos milionários contra mim? Repara só: Mauro Mendes, Silval Barbosa, José Geraldo Riva, Roberto França, Fábio Garcia, Robério Garcia, Jayme Campos, Júlio Campos, Eduardo Botelho, e posso te dar mais uma lista de famosos e poderosos políticos deste Estado. Todos se uniram contra mim. Será que é muito amor por Cuiabá?", continuou o prefeito.
Emanuel também aproveitou a oportunidade para distribuir alfinetadas. Citou que Silval também afirmou ter pago R$ 800 mil a Roberto França e ponderou que, dos políticos que citou, se não estão diretamente envolvidos em casos de corrupção, têm parentes e amigos próximos que estão. 

“Então quer dizer que a delação do Silval só vale pra mim? Existe dois pesos e duas medidas. Jogaram a população contra o Emanuel Pinheiro”, finalizou o prefeito, acrescentando que tem 32 anos de vida pública e que, com exceção do vídeo do paletó, não haveria nada que manchasse sua vida pública.

O caso do paletó é citado contra Emanuel desde que veio à tona, em agosto de 2017. Na época do vazamento do vídeo, que faz parte da delação premiada do ex-governador Silval Barbosa, Emanuel já era prefeito de Cuiabá. Na ocasião em que foi gravado, porém, era deputado estadual.

Em entrevistas recentes, Emanuel passou a afirmar que o valor recebido seria referente a uma dívida de seu irmão, ou seja, ele guardou o dinheiro para repassar. No entanto, tanto Silval Barbosa quanto seu ex-chefe de gabinete, Silvio Corrêa, afirmam que o montante seria referente à propina que pagavam a diversos deputados estaduais. Além disso, José Riva, ex-presidente da Assembleia Legislativa, em sua recém-formada delação premiada, também afirmou a existência de mensalinho do parlamento, e citou, entre diversos deputados, o nome de Emanuel Pinheiro. 

Apesar disso, o prefeito afirmou que estaria sendo vítima desse grupo de poderosos. Ele lembrou que relatório da Polícia Federal confirmou que Silval devia ao irmão de Emanuel e afirmou: "É a minha palavra contra a de dois bandidos, réus confessos, dois delatores. Eu vou provar minha inocência e não tenho nenhuma dúvida. Tenho provas testemunhais, documentais. Mas isso é no tempo da Justiça. Se vai ser daqui a 2, 3, 4, 5 anos, e o processo exige cuidados demorados, eu não sei. Esse tempo não é meu, é da Justiça".
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1 comentário

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  • Urbano Ribeiro dos Reis 21/10/2020 às 00:00

    Cita o nome de todos os larápios com breve urgência. O povo quer saber. E sem sombra de dúvidas todos os desonestos serão defenestrado. Apresente os nomes és as provas do tipo paletó ou parecido. Não vale achismo. Vai o povo quer saber.

 
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