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20/10/2020 às 18:10

Gilberto admite chance de 2ª onda da covid-19 e critica: 'é como se a pandemia não existisse mais'

Secretário avaliou que população já não adota medidas de biossegurança e falta de vacina podem contribuir para nova onda de infecções do novo coronavírus

Camilla Zeni

Gilberto admite chance de 2ª onda da covid-19 e critica: 'é como se a pandemia não existisse mais'

Foto: Christiano Antonucci/Secom

O secretário de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo, avaliou como real a possibilidade de que o Estado enfrente uma segunda onda de infecção da covid-19. Para o gestor, um dos principais fatores é o comportamento da população, o que ele vem criticando há mais de quatro meses.

O primeiro caso de covid-19 em Mato Grosso foi registrado no fim de março, sendo que a primeira morte veio semanas depois, no início de abril. Desde então, já foram mais de 3,7 mil óbitos e 137 mil casos confirmados de infecção. 

No último mês, Mato Grosso entrou no que as autoridades chamaram de "platô", o que simbolizou que o ritmo de crescimento na taxa de infecções diminuiu a ponto de se preparar para uma queda na curva. 

Na avaliação do secretário de Saúde, porém, a falta de vacina disponível, aliada ao comportamento da população, pode levar o Estado a enfrentar uma segunda onda de infecções - o que já foi registrado em outros países, como Itália, Espanha e França.

"A população já se comporta como se a pandemia tivesse acabado e isso é muito ruim. Nós estamos recebendo informações do exterior em que já uma segunda onda começa a afetar vários países e eu não noto que haja decisões sanitárias no país [Brasil] para que a gente possa converter combater melhor isso. Continua sendo uma doença transmitida pelas pessoas e não estamos totalmente protegidos a ponto de não termos uma segunda onda", comentou o secretário, em entrevista ao MT1 nesta terça-feira (20).

No programa, o apresentador apontou uma enquete do G1, na qual 65,7% dos leitores afirmou que acredita que haverá uma segunda onda de contágio, justamente por desrespeito às regras de biossegurança. Em relação à isso, o secretário aproveitou para chamar a atenção da população, apontando que o comportamento da população pode contribuir ou não para esse acontecimento.

"Temos que torcer para que isso não aconteça, mas infelizmente, ainda não havendo vacina, é preocupante devido ao comportamento das pessoas. O isolamento social praticamente já inexiste e as aglomerações aumentam a cada dia. Noto pessoas relaxando no aspecto de sua proteção pessoal e dos outros, e a adoção dos hábitos que foram tão preconizados até aqui, infelizmente não existe mais. É como se a pandemia não existisse mais no país", ponderou Gilberto Figueiredo.

Apesar da preocupação do secretário, cabe ponderar que todos os setores econômicos que haviam tido o funcionamento impedido no início da pandemia já retornaram às atividades. As liberações municipais se baseiam em decreto estadual, que apontou que as medidas de biossegurança seriam impostas conforme a classificação de risco de contaminação do vírus em cada município.

Conforme a última atualização da Secretaria de Saúde, feita nessa segunda-feira (19), todos os 141 municípios de Mato Grosso apresentam baixo risco de contaminação. A atualização, feita com base em indicadores, é disponibilizada duas vezes por semana.
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