Os grupos de Whatsapp e as redes sociais dos profissionais da comunicação de Mato Grosso se agitaram com uma notícia triste para uma sexta-feira em que as altas temperaturas deram trégua na capital mato-grossense.
A morte do fotojornalista Lenine Martins, de 64 anos, neste 23 de outubro, pegou de surpresa os amigos e colegas de profissão, ainda que estes já acompanhassem sua situação: Lenine estava internado com covid-19 desde o início de outubro, em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
De Rosário Oeste, Lenine Martins começou na comunicação do Governo do Estado na década de 70, quando foi indicado para substituir o assessor de imprensa do então governador José Fragelli. Foi, porém, na gestão de Frederico Campos (1979-1983) que o comunicador teve contato com a fotografia, ramo em que seguiu até 2019.
"Foram alguns anos de Secom, sempre competente, na dele. Ouvia mais do que falava e sempre tinha aquela risadinha aberta. Um excelente companheiro nas diversas viagens. Não me lembro de vê lo reclamar de nada. Um cara do bem. Sinto muitíssimo. Que Deus conforte a família e o acolha com toda amorosidade que ele merece", escreveu uma colega.
Outro, publicou uma foto do retratista e escreveu: "Hoje o céu será fotografado por essa grande personalidade. Tive a honra em trabalhar com esse brilhante profissional que me ensinou muitos truques e macetes para a fotografia".
Lenine trabalhou no governo por 41 anos, e se aposentou em 2013. No entanto, depois, seguiu como funcionário comissionado do Estado até 2019.
Após a confirmação da morte do repórter fotográfico, o Governo emitiu nota de pesar. O secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, externou condolências à família. "Foi um funcionário que dedicou sua vida a servir ao Estado. O trabalho de Lenine está registrado na história da fotografia de Mato Grosso. Que Deus dê forças aos familiares e amigos e abençoe a todos neste momento difícil”.
A secretária adjunta de Comunicação, Laice Souza, lembrou dos tempos em que trabalhou com o fotógrafo. “Tive o prazer de trabalhar com Lenine. Um profissional que amava o que fazia e um ser humano incrível. Fará muita falta. Meus profundos sentimentos à família”.
O repórter fotográfico Mayke Toscano fez questão de destacar ter aprendido muito com o colega. “Perco um grande amigo, que conheci no início da minha carreira. Lenine, o fotógrafo que trabalhou por mais tempo na Secom, 40 anos de história. Aprendi muito com ele”.
A filha de Lenine lembrou, em suas redes sociais, que não haverá velório em razão das medidas de segurança da covid-19.
Com informações da assessoria
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