Candidato ao Senado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Valdir Barranco disse que é contra a Lei Kandir. Em sua avaliação, ela prejudica os mais pobres e beneficia meia dúzia de barões, xeiques do agronegócio, que ganham bilhões. A declaração foi dada durante uma entrevista ao programa Política Agora na terça-feira (3). Ele ainda afirma que Mato Grosso é um Estado do período colonial brasileiro.
Barranco justificou que os grandes produtores precisam começar a construir parques industriais aqui no Estado. “Para produzir e agregar valor a partir da produção e exportarmos a produção já com o valor agregado. Então, é por isso que sou contra a Lei Kandir”.
Ele alegou que defende o princípio da concepção da Lei e recorda que ela foi criada em 1996, num período em que os produtores enfrentavam dificuldades para manter os trabalhos no campo. Contudo, destacou que já se passaram 24 anos. “Inclusive, em 2016, o Supremo Tribunal Federal, na inação do poder executivo ou legislativo, decidiu que o Congresso Nacional tinha que aprovar uma nova legislação e acabar com a Lei Kandir. Até agora já se passaram 4 anos da decisão e isso não aconteceu”, criticou o candidato.
Valdir afirmou que enquanto existe a Lei Kandir, os produtores “não precisam gerar empregos. Com meia dúzia de funcionários [eles] tocam a fazenda com os equipamentos que eles têm. Ganham muito dinheiro, porque não paga imposto. Então precisamos acabar com a Lei Kandir e industrializar Mato Grosso”, sustentou.
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