O candidato à reeleição em Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), deverá terminar a disputa de 2020 com uma dívida estimada em R$ 3,1 milhões. O valor consta no sistema de prestação de contas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Divulgacand.
De acordo com os lançamentos de Emanuel até a noite deste sábado (28), o prefeito conseguiu arrecadar R$ 2.201.210,05 para sua campanha à reeleição. Desse valor, R$ 944.310,05 foram doados por pessoas físicas, segundo ele informou. A doação partidária, porém, representa a maior parte de suas receitas, tendo recebido R$ 1.256.900,00, o equivalente a 57% do que foi declarado.
No entanto, o prefeito não conseguiu fazer uma campanha que coubesse no orçamento. Pelo que consta no sistema do TSE, Emanuel ainda deverá mais de R$ 3,1 milhões pela campanha à reeleição.
Conforme declarado à Justiça, foram contraídos R$ 5.326.575,13 em dívidas. Desse valor, apenas R$ 1.474.482,83 foram pagos, ou seja, o equivalente a 27% das despesas.
Apesar disso, Emanuel ainda teria uma parte de suas receitas "no banco", entorno de R$ 726.727,22, pela subtração simples do que foi arrecadado com o que já foi pago. Assim, se as finanças da campanha finalizassem conforme lançado até este sábado, o prefeito terminaria a campanha com exatos R$ 3.125.365,08 em dívida para quitar.
Estes números podem sofrer alterações ainda, já que o prazo final para a prestação de contas é 15 de dezembro.
Maiores gastos
Segundo o Divulgacand, os maiores gastos do prefeito nesta campanha foram com a contratação de uma produtora para elaboração dos programas eleitorais, que custou R$ 1 milhão, a impressão de materiais, que custou R$ 899,5 mil, e a atividade de militância e mobilizaçaõ de rua, que custaram seus R$ 844,8 mil. Juntos, os três gastos equivalem a 51,5% do total de despesas.
Doadores
O ranking de doadores, por sua vez, é dominado pelo diretório de Emanuel. Ao prefeito, o MDB enviou R$ 1.020.900,00 para serem usados na campanha. Ainda, o diretório estadual do Progressistas enviou R$ 225 mil.
De doadores pessoas físicas, os membros do alto escalão da Prefeitura de Cuiabá foram os mais generosos. O secretário de Cultura, Francisco Vuolo, e o da Fazenda, Antônio Pôssas de Carvalho, doaram R$ 30 mil cada. O chefe da Semob, Antenor Figueiredo, doou R$ 25 mil.
Cabe destacar que, conforme definido pelo Tribunal Superior Eleitoral, os candidatos à Prefeitura de Cuiabá têm teto de R$ 10,2 milhões para serem gastos em suas campanhas.