Para a desembargadora Maria Helena Gargaglione Póvoas, sua eleição como presidente do presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, e da desembargadora Maria Aparecida Ribeiro no cargo de vice-presidente, representa um marco para a igualdade de gênero, bandeira que pretende sustentar em sua gestão.
“Já registrei em vários momentos como as mulheres nos surpreendem, aliás, surpreendem aqueles machistas que achavam que as mulheres tinham uma deficiência para adentrar no Judiciário. Ou melhor, tinham receio de que viessem à tona as suas verdadeiras virtudes. Mas as mulheres com muita garra e determinação venceram essa barreira, adentraram o Poder Judiciário, demonstraram a sua aptidão, comprometimento e destemor em julgar”, disse em sua primeira entrevista coletiva após eleita, concedida nesta segunda (30) de forma virtual.
Maria Helena reforçou que pela primeira vez as mulheres chegam em maioria na administração do Tribunal e isso é de uma significância muito grande. “E pela primeira vez também uma mulher oriunda do quinto constitucional irá administrar o Tribunal”, acrescentou. Gargaglione foi eleita na última quinta-feira (26) com 15 dos 29 votos. Ela é a segunda mulher em toda a história do TJMT a comandar o órgão.
Maria Helena informou que já existe no TJMT uma comissão de equidade de gênero, em atendimento a uma das metas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para os Tribunais e Justiça do país.
“Essa é uma luta que nós já há muito tempo travamos e continuaremos sempre travando. Não será agora, que o Poder Judiciário tem uma mulher à frente, que nós iremos deixar de trabalhar essa bandeira”, afirmou.