De um dia para o outro houve um aumento de pelo menos 11,5% no preço do etanol, em Cuiabá. Isso é, da noite para o dia, o preço do litro do combustível saiu de R$ 2,95 para R$3,29. Por esse motivo o Leiagora conversou com o diretor executivo do Sindicato da Indústria Sucroalcooleira de Mato Grosso (Sindalcool), Jorge Santos, para entender o que pode ter causado a mudança.
Segundo ele, nas últimas três semanas não houve variação nos preços das unidades produtoras. O que o leva entender que “nessa semana pode estar ocorrendo a correção do valor de pauta, em quatro centavos, [junto com] o aumento do diesel em cinco centavos. Isso de alguma maneira aumentou o custo não só de produção, mas também do transporte até a chegada aos postos de combustíveis e consequentemente ao consumidor”.
Enquanto cidadão, não representante do sindicato, Jorge comentou que lhe parece que “o mercado está tentando recuperar os enormes prejuízos que estiveram durante a pandemia grave. Abril, maio, junho e julho”. Então esse aumento poderia estar visando uma recuperação dos investimentos.
Ele faz essa observação em razão do etanol ainda não ter se recuperado da baixa, causada pela pandemia. “Os preços que nós estamos praticando nas usinas hoje são os mesmos de fevereiro. Não conseguimos ainda recuperar todos os investimentos que foram feitos”, ressalta.
Outro fato que preocupa o setor é o aumento do preço do milho e a possível falta de insumos, já que “não se investiu em canavial. O milho está a R$ 60,00 a saca. No início estava de R$21 a R$23, no máximo, agora praticamente multiplicou por três e isso tudo impacta no custo de produção”, observa.
