O Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) vai acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender os efeitos da liminar concedida pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) nesta quinta-feira (10), em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI). Com a decisão, o TCE perdeu o poder de decretar indisponibilidade de bens e afastamento provisório de agente público.
A ação foi proposta pelo Ministério Público do Estado (MPMT) e a maior parte das medidas requeridas cautelarmente pelo órgão teve sua análise adiada pelo TJ para o julgamento do mérito da ação, devido à complexidade da matéria.
Foram adiados os pedidos para impedir a vinculação dos subsídios dos auditores substitutos aos de juízes de entrância especial, o poder geral de cautela inominado e genérico e o controle de constitucionalidade difuso por parte do TCE.
O Tribunal de Justiça, por sua vez, suspendeu o poder geral de cautela da Corte de Contas, que trata da possibilidade de decretar indisponibilidade de bens e afastamento de servidores públicos. Além disso, decidiu pela impossibilidade de vinculação do orçamento do Ministério Público de Contas (MPC) à receita corrente liquida do Estado.
“Por se tratar de matéria constitucional, a Consultoria Jurídica do TCE-MT tem legitimidade para acionar o STF e já estamos trabalhando com a possível suspensão de liminar para garantir a manutenção das cautelares em benefício do poder geral de cautela da Corte de Contas e, alfim, à sociedade na boa e escorreita aplicação dos recursos públicos”, ressaltou o consultor jurídico-geral, Grhegory Paiva Pires Moreira Maia.
Com informações do TCE
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