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Notícias / Política

31/12/2020 às 15:00

Cassação de Abílio, CPI do Paletó e derrota de vereadores marcam ano na Câmara

Vários episódios referentes à saída de Abílio do Parlamento Municipal e a investigação contra o atual chefe do Executivo causaram desgaste à imagem dos vereadores, especialmente da base governista

Kamila Arruda

Cassação de Abílio, CPI do Paletó e derrota de vereadores marcam ano na Câmara

Foto: Francinei Marans / Câmara de Cuiabá

A cassação e retorno do vereador Abílio Junior (Podemos) e o imbróglio envolvendo a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), a chamada CPI do Paletó, marcaram o ano na Câmara de Cuiabá, e ainda ajudou 11 vereadores a serem derrotados nas urnas no pleito em novembro.

Vários episódios referentes à saída de Abílio do Parlamento Municipal e a investigação contra o atual chefe do Executivo causaram desgaste à imagem dos vereadores, especialmente da base governista. 

Abílio foi cassado em março deste ano por 14 votos a 11. Os parlamentares governistas foram contra ao parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Casa de Leis, e votaram para tirar o vereador do Legislativo Cuiabano por suposta quebra de decoro parlamentar.

Acontece que, Abílio ficou fora dos quadros do Legislativo por apenas dois meses. Ele retornou sob força de uma decisão judicial que apontou falhas na tramitação do processo que culminou em sua cassação. 

A Mesa Diretora, comandada pelo vereador Misael Galvão (PTB), até chegou a recorrer da decisão, mas não obteve êxito. O fato desgastou a imagem dos vereadores que votaram a favor da cassação de Abílio, e ainda deu forças para que o parlamentar disputasse a eleição majoritária rumo a Prefeitura de Cuiabá.

Após seu retorno, Abílio ainda passou a explorar ainda mais o episódio referente à gravação em que o prefeito aparece colocando maços de dinheiro no bolso do paletó, enquanto ele exercia o mandato de deputado estadual.

Os vereadores de oposição garantiram a criação da CPI do Paletó em 2017, durante o primeiro ano de legislatura. A investigação, contudo, foi suspensa pela justiça e chegou a ficar dois anos parada, sendo reaberta com nova composição no início deste ano.

O relatório final chegou a pedir o afastamento de Emanuel por 180 dias, e ainda a abertura de uma Comissão Processante contra o emedebista. A medida, entretanto, não prosperou e em setembro os vereadores arquivaram a investigação por maioria dos votos.

O fato foi muito explorado pela oposição e ainda contribuiu para a derrota de 11 vereadores da base governista. Não foram reeleitos no pleito deste ano os vereadores Adilson Levante (PSB), Marcos Veloso (PV), Drº Xavier (PTC), Justino Malheiros (PV), Luis Cláudio (PP), Misael Galvão (PTB), Orivaldo da Farmácia (PP), Ricardo Saad (PSDB), Toninho de Souza (PSDB) e Vinicyus Hungueney (SD).

Paralelo as polêmicas, a Câmara de Cuiabá se modernizou internamente, garantindo melhorias em sua estrutura física e ainda agilidade na tramitação de processos.

O presidente conseguiu reformar praticamente todos os setores do Parlamento Municipal e modernizou todo o plenário da Casa de Leis. Além disso, ainda está implementando o novo sistema legislativo e ao projeto papel zero. A intenção é garantir a modernização de todos os tramites processuais da Casa de Leis e, consequentemente aumentar a transparência.

Além disso, visa acabar com todos os processos físicos do Parlamento Municipal, que irá gerar economia aos cofres públicos e ainda preservar o meio ambiente.
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