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05/01/2021 às 09:41

CRF-MT promove palestra sobre vacina contra a covid-19

O evento é gratuito e acontece às 19h, pelo aplicativo Google Meet. Os interessados podem fazer a inscrição online e receberão certificados

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CRF-MT promove palestra sobre vacina contra a covid-19

Foto: Assessoria

O Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso (CRF-MT) irá promover na próxima sexta-feira (8), uma palestra sobre ‘A importância da Vacina contra a Covid-19’. O palestrante convidado é o médico infectologista, Dr. Cor Jesus Fernandes Fontes que também é professor titular e pesquisador associado da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e médico do Hospital Universitário Júlio Müller.

O evento é gratuito e acontece às 19h, pelo aplicativo Google Meet. Os interessados podem fazer a inscrição por meio do link:  https://bit.ly/2KSRpkm e receberão certificados de participação.

O especialista atualmente é ainda o investigador principal de três projetos de pesquisa clínica relevantes no Brasil, que objetivam avaliar a vacina contra a dengue, a vacina contra a COVID-19 e a incidência de COVID-19 em populações de grandes centros brasileiros.

O médico Cor Jesus Fernandes explica que a vacina é uma medida eficaz para interromper a transmissão do novo coronavírus é tudo que todas as nações do mundo almejam para 2021. “É consenso que somente uma vacina eficaz contra o vírus SARS-COV2 poderá alcançar esse objetivo. No Brasil, um dos ensaios clínicos para testar a eficácia de uma dessas vacinas (a CoronaVac) é coordenado pelo Instituto Butantan, de São Paulo, e autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para 16 centros de pesquisa, espalhados por 7 estados brasileiros, participantes do ensaio multicêntrico. Cuiabá é um desses 16 centros”.

Segundo Cor Jesus, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech, a vacina é uma das 10 que no mundo todo se encontram na fase 3, penúltima antes da aprovação, e até o momento tem apresentado resultados promissores.

Na capital mato-grossense, onde os testes começaram a ser realizados no dia 6 de outubro, a pesquisa é coordenada pelo professor Cor Jesus Fernandes Fontes, da Faculdade de Medicina da UFMT e pesquisador do Núcleo de Pesquisa Clínica do HUJM.

Cor Jesus destaca que a CoronaVac já foi aplicada em mais de 13 mil profissionais da saúde no Brasil, sem a apresentação de qualquer evento adverso grave. Um efeito adverso grave, por definição internacional, é toda manifestação relacionada ao produto que está sob investigação, pode ser medicamento ou vacina, que resulte em óbito, invalidez ou alguma anomalia. Isto significa que a vacina é muito segura e, se aprovada, seu uso em larga escala não resultará em complicações graves à pessoa vacinada

Em relação à eficácia, a expectativa dos pesquisadores envolvidos na pesquisa da CoronaVac é de que o imunizante ofereça a proteção necessária, principalmente por utilizar uma tecnologia bastante tradicional. Essa vacina utiliza uma versão inativa do vírus, obtido de cultura de célula. Isso significa que o vírus, inteiro, foi exposto ao calor e substâncias químicas, até não ser capaz de se reproduzir e representar riscos ao paciente.

A utilização do vírus inteiro tem a vantagem de induzir uma resposta imunológica mais alta, mais poderosa, porque o vírus vai completo no organismo da pessoa imunizada. É diferente de quando você dá uma partícula viral e você estimula uma resposta imune apenas contra essa partícula.

O médico conta que a fase 3 de pesquisa da CoronaVac ainda está em testes no Brasil, mas antes de chegar até aqui ela passou por 3 outras fases, a pré-clínica, fase 1 e fase 2, realizadas na China e também no Brasil, que atestaram a segurança e apontaram para a eficácia, permitindo a continuidade dos estudos do imunizante.

Em Cuiabá, é prevista a inclusão de mais de 500 participantes voluntários nos testes. Até o momento foram incluídos mais de 400 voluntários com mais de 18 anos, sendo majoritariamente entre 18 a 59 anos. Esses voluntários são profissionais de saúde que fazem atendimento de pessoas com Covid-19 ou suspeitas de Covid-19. A inclusão de voluntários com menos de 60 anos foi interrompida há duas semanas, após ter atingido o número necessário dessa faixa etária em todos os centros envolvidos.

Os pré-requisitos para ser voluntário em Cuiabá atualmente são: ser profissional de saúde com mais de 60 anos de idade, atuar como farmacêuticos, enfermeiros, bioquímicos, médicos, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos ou dentistas. É fundamental que apresentem o seu registro em conselho de classe. O voluntário pode ter ou não ter tido Covid-19 antes.

Para quem tem interesse em participar do ensaio como voluntário, o contato com o HUJM deve ser realizado a partir dos telefones (65) 3615-7319 e (65) 98466-5246, ou WhatsApp (65) 98466-5246.

Conheça o Dr. Cor Jesus Fernandes Fontes

Dr. Cor Jesus Fernandes Fontes é graduado em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (1981), graduado em Estatística pela UFMT (2016), mestrado em Medicina Tropical pela Universidade Federal de Minas Gerais (1990) e doutorado em Medicina Tropical pela Universidade Federal de Minas Gerais (2001). Atualmente é professor titular e pesquisador associado da Faculdade de Medicina da UFMT e médico do Hospital Universitário Júlio Müller. Da parceria interinstitucional Hospital Júlio Müller e Instituto Butantan de São Paulo, é ainda o investigador principal de três projetos de pesquisa clínica relevantes no Brasil, que objetivam avaliar a vacina contra a dengue, a vacina contra a COVID-19 e a incidência de COVID-19 em populações de grandes centros brasileiros. Participa como revisor ad hoc de trabalhos científicos de periódicos nacionais e internacionais. Tem especialização nas áreas de Clínica Médica, Infectologia, Medicina de Família e Comunidade e Educação na Área de Saúde. Seu trabalho acadêmico concentra-se nas áreas de epidemiologia e controle de Doenças Infecciosas e Parasitárias. Sua principal linha de pesquisa aborda aspectos do diagnóstico, tratamento e controle das doenças infecciosas endêmicas de Mato Grosso, principalmente a malária, as leishmanioses, as hepatites virais, a paracoccidioidomicose e, mais recentemente, a COVID-19. É bolsista de produtividade em pesquisa pelo CNPq desde 2005.

 
Da Assessoria
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