A segunda votação referente à mudança do modal de transporte ocorreu no ‘susto’ na Assembleia Legislativa e foi aprovada por 19 votos a favor e dois contra: Lúdio Cabral (PT) e Valdir Barranco (PT). A proposta prevê a alteração do contrato com a Caixa Econômica Federal que substitui o Veículo Leve sobre Trilhos para BRT (Bus Rapid Transit).
O projeto foi votado na manhã desta quinta-feira (7). Havia uma expectativa de que Barranco pedisse vista do projeto, mas a votação ocorreu sem debate.
A mensagem foi enviada pelo governador Mauro Mendes (DEM), esta semana, com pedido de urgência/urgentíssima e chegou a ser remetida ao crivo do plenário durante sessão extraordinária realizada nessa terça-feira (5), mas a votação foi adiada devido ao pedido de vista de Lúdio. Porém, o presidente da Casa, deputado Eduardo Botelho (DEM), não perdeu tempo na devolução do projeto e encaminhar para votação.
Barranco informou que foi feito um acordo para que que ele não pedisse vista e, em troca, mudassem a data da audiência pública.
O projeto
Na mensagem encaminhada pelo Executivo, o governo cita que o VLT se tornou “um lamentável paradigma de obras inacabadas decorrentes da Copa do Mundo não só para Mato Grosso, mas para o país”. O Estado lembra ainda a Operação Descarrilho deflagrada em 2017 na qual o ex-governador Silva Barbosa revela, em delação premiada, recebimento de propina por parte do consórcio VLT para aceitar trocar o projeto inicial de implantação do BRT (Bus Rapid Transit), que é um corredor de ônibus.
O Estado justiçou ainda que o contrato com o consórcio VLT foi rescindido e apesar das tentativas das construtoras de tentar reverter na justiça a situação, foi derrotado. Para definir sobre o melhor modelo, um grupo de trabalho envolvendo técnicos do governo Federal, Estadual e Caixa Econômica Federal.