O antigo Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (hoje Hospital de Referência da Covid-19) espera há, pelo menos, um ano, uma grande reforma prometida pela gestão de Emanuel Pinheiro (MDB). Enquanto isso, ainda é palco dos velhos problemas enfrentados no período de chuva.
Após a entrega completa do Hospital Municipal de Cuiabá, em novembro de 2019, o antigo prédio de urgências, localizado na Avenida General Valle, no bairro Bandeirantes, se tornaria um hospital de referência de atendimento à família. No entanto, conforme a Prefeitura, os planos foram interrompidos com a pandemia da covid-19, que teve seus primeiros impactos oficiais no município no fim de março de 2020.
Durante a tarde desse domingo (10), o local ficou, mais uma vez, alagado após uma forte chuva. Pelas imagens que circularam nas redes sociais foi possível perceber que a água tomou conta do estacionamento e subsolo, passando do calcanhar dos trabalhadores.
Com a inundação, os funcionários do espaço se aglomeraram nas escadas para fugir da água, e registravam, perplexos, a situação. Até mesmo os elevadores ficaram alagados. A preocupação dos profissionais era com "a água podre", que pode transmitir doenças.
Mas esta não é a primeira vez que o espaço é inundado. Em todo ano, ao menos uma parte do espaço é “vítima” da falta de reforma da Prefeitura. Em fevereiro de 2020, parte do telhado chegou a ceder em razão das chuvas, que também atingiram o estacionamento da unidade.
Entretanto, enquanto, naquele momento, o hospital registrava um baixo número de pessoas em circulação, considerando a transferência dos serviços para a nova unidade, nesse domingo apenas o número de pacientes internados era de 66 pessoas, conforme dados da Prefeitura de Cuiabá. Sem registrar a gravidade dos casos, por se tratarem de pacientes com covid-19.
O que diz a Prefeitura
“A gestão reconhece que prédio do antigo Pronto-Socorro é uma estrutura antiga, que apresenta problemas. Como já é de conhecimento de todos, existe um projeto para uma grande reforma do antigo PS, para ser transformado no Hospital da Família, mas neste momento de enfrentamento ao coronavírus é necessário que o prédio seja usado para os pacientes”, informou a Prefeitura, por meio de nota, na tarde de domingo (10).
Questionada pela reportagem, a assessoria da Secretaria de Saúde informou que a “grande reforma” anunciada pelo prefeito ainda não ocorreu, justamente em razão da pandemia. Garantiu que, no entanto, antes da transferência de pacientes com covid-19 para o espaço, que se tornou referência municipal, uma “rápida reforma” foi realizada.
“O antigo Pronto Socorro seria fechado em março de 2020 para passar pela reforma total e se transformar no Hospital da Família, mas começou a pandemia e o prédio passou por uma reforma rápida, para se adequar e receber o Hospital Referência à covid-19”, informou a prefeitura.
Por meio de um vídeo, o secretário-adjunto da Secretaria de Saúde, Luiz Gustavo Raboni, afirmou que esteve no espaço após a chuva de domingo e avaliou que não seria necessário desativar nenhum dos leitos disponíveis.
“O problema maior se deu nos andares inferiores do prédio, onde as galerias fluviais, antigas, não conseguiram drenar toda a água oriunda da parte mais alta, que vem da rua”, explicou.
Abaixo, confira o vídeo do alagamento no espaço:
Clique aqui, entre na comunidade de WhatsApp do Leiagora e receba notícias em tempo real.
Siga-nos no Twitter e acompanhe as notícias em primeira mão.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços. Ao utilizar nosso site, você concorda com tal monitoramento. Para mais informações, consulte nossa Política de Privacidade.
