No ano de 2020, a Delegacia da Mulher de Cuiabá instaurou 2.332 inquéritos para investigar crimes de violência doméstica e sexual. Com esse número, a Capital mato-grossense teve uma média de 6,3 inquéritos abertos por dia. Somado aos inquéritos concluídos, a delegacia conduziu 4.443 investigações.
Um dos mecanismos judiciais de proteção mais procurados, a medida protetiva instituída pela Lei 11.340/2006, teve 1.425 solicitações. Para a delegada titular da unidade, Jozirlethe Magalhães Criveletto, os números demonstram a necessidade constante de acolhimento e apoio às vítimas, principalmente na pandemia, quando muitas delas se sentiram coagidas em buscar ajuda. “Ao longo dos últimos anos, observamos que as vítimas têm buscado mais o atendimento da unidade para ter acolhimento e auxílio em casos de violência”, destaca.
No último ano, a Delegacia da Mulher também encaminhou 49 vítimas para a Casa de Amparo e a retirou 43 vítimas de locais onde corriam risco. Além disso, foram averiguadas 200 denúncias, cumpridas 3.830 intimações, feitas 3.309 oitivas e 33 representações por prisão de suspeitos de violência doméstica ou sexual.
Nas visitas domiciliares, a equipe da delegacia verificou denúncias de agressões físicas, cárcere privado, maus tratos e outros crimes relacionados à violência doméstica e familiar.
Estatísticas
No ano passado, a Delegacia da Mulher de Cuiabá publicou a terceira edição do Anuário Estatístico e análise dos atendimentos. O documento mostra que 10 bairros de Cuiabá concentram 20% das ocorrências de violência doméstica em números absolutos, que são: Pedra 90, Dr. Fábio, Dom Aquino, Tjucal, Jardim Imperial, CPA 3, Nova Esperança, Centro Sul, CPA 4 e Parque Cuiabá.
A maioria das mulheres vítimas de violência que busca o atendimento tem entre 35 e 45 anos, o que corresponde a 30,5% das ocorrências, seguida pela faixa de etária dos 30 aos 34 anos. Em relação à ocupação, a maioria das atendidas no ano passado na Delegacia da Mulher se declarou como do lar (10,6%), desempregada (5,5%) ou estudante (4,2%). Um percentual de 10,2% delas se declarou sem profissão ou se definiram em categorias secundárias.
Com informações da PJC
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