O presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), Marcos Catão Dornelas Vilaça, foi denunciado por assédio sexual por sua ex-secretária, uma jovem de 19 anos. O caso, que teria acontecido em novembro passado, veio à tona apenas nessa segunda-feira (11).
De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela jovem, ela atuava como secretária de Marcos, que havia recém-assumido a Presidência do Instituto. Por isso, entrava com frequência em sua sala, ainda que para executar tarefas alheias a sua função, como levar cardápio para seu almoço.
Em uma das vezes que entrou na sala do presidente, a jovem se viu em choque após Marcos dizer-lhe que não precisava usar máscara em sua sala e, depois, massagear seu pênis, sobre a calça, olhando fixamente para ela.
Após o caso, a jovem chegou a trabalhar no dia seguinte, mas, perplexa, resolveu contar sobre o caso para seu pai, que a orientou a deixar o emprego e registrar um boletim de ocorrência "para que isso não venha ocorrer com outras mulheres", em razão da posição social privilegiada de Marcos.
Repercussão
Após o caso vir à tona, a deputada estadual Janaína Riva (MDB) se posicionou publicamente, recriminando a atitude do presidente do Indea. No Instagram, Janaína disse que, imediatamente, procurou o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, a quem reportou o caso.
"Já entrei em contato com o secretário da Casa Civil, Mauro Carvalho, que prontamente me atendeu e ouviu minha sugestão: afaste”, informou a deputada.
Janaína ainda defendeu que o caso seja investigado e ponderou que o homem tem o direito de se defender. Acrescentou que, contudo, "a mulher, vítima, precisa se sentir segura, saber que existe justiça e que ninguém, por maior que seja sua posição, está imune a lei".
"Respeito o direito a defesa, mas principalmente, respeito as mulheres que passam ou já passaram por situação similares e elas sim, merecem todo nosso trabalho e dedicação", completou.
Apesar da publicação da deputada, o Governo do Estado informou unicamente que irá apurar a denúncia. Não houve formalização de afastamento do servidor.
Outro lado
O Leiagora não conseguiu contato com o presidente do Indea. O espaço segue aberto para manifestação.
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