O senador Carlos Fávaro (PSD) defende a implantação de um sistema de transporte moderno e eficiente para ligar as cidades de Cuiabá e Várzea Grande. O modal “dos sonhos” seria o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que chegou a ter as obras iniciadas em 2012 e paralisadas no ano seguinte. Entretanto, em razão do alto custo para sua conclusão e operação, a melhor solução é a troca de modal, em sua avaliação.
“Sou a favor da eficiência. Se pudéssemos manter o VLT, terminá-lo… Se não custasse aos cofres públicos subsídios astronômicos, que terminasse o VLT. Foi uma medida corajosa a do governador Mauro Mendes (DEM) e sua equipe, de mostrar para a sociedade que não dá”, comentou o senador com a imprensa, após reunião no governo estadual na noite de quarta-feira (13).
Fávaro, quando foi vice-governador na gestão Pedro Taques (Solidariedade), articulou com o Ministério das Cidades a conclusão das obras do VLT. Na época, em 2016, durante um encontro em Mato Grosso, o então ministro Gilberto Kassab (PSD) afirmou que iria elaborar, em conjunto com o governo do Estado, um plano de subsídio financeiro para a conclusão das obras e para a operação do novo modal. No entanto, os planos foram interrompidos após operação da Polícia Federal no ano seguinte.
“Esse modal só foi oferecido à população cuiabana e várzea-grandense por meio de corrupção”, lembrou o senador, que também compôs uma equipe de trabalho para a implementação do VLT na gestão Mauro Mendes.
O senador lembrou que, desde o início desse grupo, sabia-se da dificuldade que seria a tomada de uma decisão em relação ao assunto: a uma, porque a conclusão do VLT demandaria outros tantos milhões de reais; a duas, porque a mudança para outro modal geraria comoção.
“Confesso que a vontade de todos que participavam do grupo de trabalho era buscar a viabilidade do VLT que aí está, para que ele se tornasse, de fato… Porque ele já está aí. Mas era impossível. Desde o começo os estudos já demonstraram a inviabilidade econômica, a dificuldade de parar em pé”, lembrou o senador, ao também comentar o assunto em entrevista à rádio CBN Cuiabá, na manhã de quinta-feira (14).
Fávaro ainda lembrou que a operação do VLT implica em uma tarifa elevada para a população e onera os cofres públicos, em razão dos subsídios milionários que seriam necessários, algo em torno de R$ 50 milhões ao ano. Por isso, segundo ele, a decisão de abandonar o modal e partir para uma nova alternativa tem seu apoio.
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