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Notícias / Política

19/01/2021 às 13:55

Vereadora cobra ‘plano B’ de Emanuel e cita risco do ano terminar sem população vacinada

Vereadora apontou que baixo número de doses e empecilhos com o Governo Federal são motivos para Emanuel procurar comprar vacina por conta própria

Camilla Zeni

Vereadora cobra ‘plano B’ de Emanuel e cita risco do ano terminar sem população vacinada

Vereadora Edna Sampaio

Foto: Camilla Zeni/Leiagora

A vereadora Edna Sampaio (PT) cobrou do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), um “plano B” para que toda a população da cidade seja vacinada contra a covid-19 em um tempo hábil. A parlamentar chamou a atenção para o baixo número de doses enviadas, na primeira leva, pelo Governo Federal e cobrou protagonismo do município.

Nessa segunda-feira (18), a Prefeitura fez o lançamento oficial da campanha de vacinação contra a covid-19, na qual anunciou o recebimento de 30 mil doses da vacina CoronaVac. Conforme o prefeito, o imunizante, produzido pelo Instituto Butantan, em São Paulo, chegaria ao município nessa terça-feira (19). 

O prefeito afirmou que o número de doses, no entanto, era extraoficial, ponderando uma dificuldade de comunicação oficial em relação à vacinação, e menor do que o plano inicial da Prefeitura, de 190 mil pessoas vacinadas na primeira fase, ou seja, para as quais seriam necessárias quase 400 mil doses da vacina.

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Diante das incertezas e do baixo número de doses, a vereadora cobrou que o prefeito assuma diálogo com os laboratórios autorizados, para a compra direta da vacina, uma vez que o Supremo Tribunal Federal já firmou entendimento de que os gestores podem adquirir as doses do exterior.

“Eu entendo que a Prefeitura, os dirigentes, queiram dialogar com o Governo Federal, mas é necessário que os estados e municípios tenham protagonismo para que, de fato, a vacina chegue para a população. Porque se ficarmos esperando o Governo Federal, a situação está posta: nós vamos fazer lançamento da campanha e vamos terminar o ano sem ter vacinado nossa população”, comentou a vereadora, após o lançamento da campanha.

De acordo com a parlamentar, a secretária municipal de Saúde, Ozenira Félix, entregou a ela uma cópia detalhada do plano de vacinação, que será debatido com os demais vereadores. Ela também cobrou que a Câmara Municipal acompanhe e cobre a aplicação do plano de forma efetiva.

“Pelas apresentações a gente sabe que tem muitos problemas. Por exemplo, a quantidade de doses é uma informação que a Prefeitura recebe do Governo Federal e a gente sabe que estamos numa seara meio nebulosa, onde a gente não sabe exatamente o que vai acontecer. Por isso mesmo é a minha pergunta ao prefeito: qual é o plano B?", pontuou.

"Como os estados e municípios têm essa prerrogativa de assumirem o protagonismo, eu acho que, no limite, a Prefeitura de Cuiabá deve fazer isso, e é por isso que vamos ficar bem atentos nesse processo de vacinação”, completou.

A respeito da compra de vacinas do exterior, o prefeito Emanuel não vislumbrou a possibilidade. O gestor citou que chegou a iniciar tratativas para compra da CoronaVac com o Instituto Butantan, mas preferiu seguir o plano nacional, por questão de responsabilidade. Por isso, afirmou também, se disse desconfortável em fazer a aquisição de produtos que não tenham sido aprovados pela Anvisa - a agência nacional que regulamenta os produtos de saúde.
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