Devido à baixa oferta de animais para o abate e o grande volume de exportação da carne bovina, o custo de operação das indústrias frigorificas mato-grossense teve um salto de 20% no último ano, segundo relata o presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo), Paulo Tadeu Bellincanta.
Os gastos indústrias também foram agravados pela ociosidade das plantas frigoríficas, já que por conta da pandemia do coronavírus, tiveram que afastar funcionários, que resultou em queda da produção.
"Apesar de ter uma grande capacidade de processamento, está se produzindo menos por causa dos protocolos da covid. Ainda há um número de colaboradores, por estarem no grupo de risco, fora da atividade. A própria velocidade da produção foi diminuída porque você tem um monte de cuidado que você não precisava”, justifica o Bellincanta.
Outro agravante apontado pelo presidente do Sindifrigo é a baixa oferta de matéria-prima para o trabalho, isso é, baixa oferta de animais prontos para o abate. “Então aquilo que não era bom, fica pior. Há uma pressão de custo”.
Ele ainda avalia que a falta de animais é a principal causa do aumento, seguido do grande volume de exportações da carne vermelha, que foi mais bem remunerada durante 2020. Com isso, ele comenta que dificilmente uma alteração nas exportações, como foi visto no último ano, não acaba pesando significativamente em toda a cadeia.
