O deputado federal Dr. Leonardo (SD-MT) avaliou que a relação diplomática estremecida entre o Brasil a China tem custado caro para o país, principalmente neste momento de pandemia da covid-19.
Para o parlamentar, se o Brasil estivesse com um relacionamento mais saudável com o país oriental, seria mais fácil acessar aos insumos e vacinas produzidas nesse momento contra o novo coronavírus.
"Essa falta diplomática fez com que a gente se atrasasse um pouco. Se tiver mais insumo, mais vacina, as fases [de vacinação] podem se encurtar. Se tiver menos, as fases prolongam, e se prolongar a gente está falando ainda em metade do ano que vem para atingir 80% dos brasileiros vacinados", observou, em coletiva de imprensa na noite de quinta-feira (22).
O deputado defende que o governo Bolsonaro adote uma postura de unir esforços, deixando impasses "para trás". "Essa briga política é bobagem", avaliou.
"A China, ao passar a pandemia, vai ser a maior economia do mundo, então pra que brigar com um gigante desse? Nós não vamos dar pitaco no país dos outros. Eu não quero isso pro meu país, e não compensa brigar com um gigante desse, senão o resultado é esse ai", comentou.
Relação estremecida
Nos últimos dias, a pressão sobre o governo Bolsonaro para equilibrar a relação diplomática com a China tem crescido diante da necessidade de insumos chineses para a fabricação das vacinas contra o novo coronavírus.
A relação com o país se estremeceu com o início da pandemia, quando o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro se posicionaram no sentido de acusar a China de espalhar o vírus para "comunizar" o mundo.
A pressão para uma melhor relação entre Brasil e China também é feita pelos governadores, que na quarta-feira assinaram carta pedindo o apoio do Brasil nas negociações para compra de insumos e vacinas chineses.
Nessa quinta-feira (21), a imprensa nacional apontou que uma das exigências da China para a liberação dos insumos das vacinas é a demissão de Araújo. O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, negou a demissão do chanceler.
Clique aqui, entre na comunidade de WhatsApp do Leiagora e receba notícias em tempo real.
Siga-nos no Twitter e acompanhe as notícias em primeira mão.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços. Ao utilizar nosso site, você concorda com tal monitoramento. Para mais informações, consulte nossa Política de Privacidade.