A possibilidade de que haja mudança na recém-empossada mesa diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) tem movimentado os parlamentares em prol de um “plano b”, com o apoio do governador Mauro Mendes (DEM), para alcançarem à Presidência da casa.
De um lado, a deputada e vice-presidente Janaina Riva (MDB), que publicamente afirmou que não discutiria a saída do atual presidente, Eduardo Botelho (DEM), considerando que ele foi eleito com uma maioria massiva de votos e havia acabado de ser empossado.
Ocorre, porém, que, com a propositura de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra a posse da nova diretoria, em razão de suposta afronta à Constituição Federal, o jogo mudou. A parlamentar já teria, inclusive, procurado o governador em busca de apoio para sua eleição.
Ainda nesta semana, Janaina foi questionada sobre os rumores de que o governador não a vê como uma boa opção para a Presidência, e a parlamentar admitiu também ter "ouvido" essa conversa, mas "prefere acreditar no que Mauro lhe diz cara-a-cara". Inclusive, a deputada ouviu que o governador até teve essa preocupação no início de seu mandato, mas hoje não mais.
Apesar das investidas de Janaina, Mauro já teria escolhido outra pessoa para apoiar na disputa. O ‘plano b’ do governo seria o primeiro secretário, Max Russi (PSB), que já protagonizou “queda de braço” com Janaina pela Primeira Secretaria da Assembleia.
Informações que circulam nos bastidores do Legislativo dão conta de que Max já foi chamado por Mauro para discutirem sobre a situação nesta semana. Por enquanto, o assunto ainda é comentado apenas nos bastidores, isto porque os parlamentares preferem aguardar uma decisão para se manifestar oficialmente sobre o assunto.
Ainda que já haja movimentações, porém, uma decisão ainda não foi tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que analisa o caso.
Saída de Botelho
A possibilidade de que Botelho viesse a perder a Presidência da Assembleia passou a ser ventilada no fim de janeiro, quando o STF decidiu no sentido de que o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Roraima não poderia ser reconduzido ao cargo em mandatos sucessivos.
Com base na decisão, a Confederação Nacional das Carreiras Típicas do Estado (Conecate) pediu que o STF determine a imediata desconstituição de Botelho ou "a realização imediata de nova eleição, vedada a participação do atual presidente".
"Temos que a Constituição Federal foi clara ao vedar a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente, tendo como objetivo evitar a reeleição e a perpetuação de um indivíduo no poder, em homenagem aos princípios republicanos", destaca a entidade.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços. Ao utilizar nosso site, você concorda com tal monitoramento. Para mais informações, consulte nossa Política de Privacidade.