Cuiabá, quinta-feira, 25/04/2024
09:43:34
informe o texto

Notícias / Política

09/02/2021 às 16:10

Botelho diz que não pode impedir plebiscito, mas teme atraso em obras por ano eleitoral

Deputado avaliou que plebiscito atrasaria decisões sobre implantação do BRT em, pelo menos, cinco meses

Camilla Zeni

Botelho diz que não pode impedir plebiscito, mas teme atraso em obras por ano eleitoral

Presidente da ALMT, deputado Eduardo Botelho

Foto: ALMT

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Eduardo Botelho (DEM), avaliou que não poderá impedir a realização de um plebiscito para debater o futuro do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). No entanto, ponderou que um ano eleitoral se aproxima, o que traria mais “dificuldades” para o Estado.

Na avaliação do deputado, caso um projeto de decreto legislativo sobre o plebiscito seja aprovado nas próximas semanas, a consulta pública com a população apenas seria realizada entre os meses de junho e julho. Isso, destacou ele, causaria atraso de pelo menos cinco meses nas decisões, que, segundo o governo, já estão em fase de finalização.

“Eu estou dizendo que fazer o plebiscito é atrasar mais o processo, e se nós queremos trabalhar para fazer logo isso, o plebiscito realmente atrasaria”, comentou Botelho com a imprensa, na manhã desta terça-feira (9).

Leia também - Assembleia já teve três pedidos de plebiscito; dois envolveram polêmica do VLT

“Pensa comigo: nós iríamos estar com esse plebiscito aí lá por junho, julho. Aí começaria o processo. Ano que vem é ano eleitoral, tem todas aquelas dificuldades. Eu acho que, se nós realmente queremos fazer, temos que reunir todos e trabalhar para executar logo o projeto que já está pré-definido pelo governo, que é o BRT”, completou.

Botelho sugeriu que, com o atraso para o início da implantação do modal, haveria possibilidade de que as obras apenas se iniciassem em 2022, quando já é ano eleitoral. Ele destacou que há "dificuldades" para execução de obras nesse período e, por isso, defendeu que os envolvidos se entendam no sentido de implantar o ônibus de trânsito rápido (BRT, em inglês), proposto pelo Estado.

O deputado ainda se esquivou ao comentar sobre a votação de um plebiscito, afirmando não ser contra e nem a favor à sua realização. Emendou destacando que a decisão é dos parlamentares e que, se a proposta for aprovada, deve ser acatada. 

“Eu sou o presidente mas não posso tudo aqui dentro, e, como é um projeto legislativo, evidentemente que qualquer deputado pode começar. Se aprová-lo, eu não posso impedir isso. Se os deputados entenderem isso, eu acato, não tenho problema nenhum”, finalizou.

Pedido de plebiscito

O pedido para realização da consulta pública foi feito pelo deputado federal Emanuelzinho Neto (PTB) e pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), durante audiência sobre a implantação do VLT, realizada na quinta-feira (4). 

Para a determinação do plebiscito, é necessário que um projeto de decreto legislativo seja aprovado na Assembleia Legislativa, com uma assinatura de, ao menos, oito parlamentares. Por isso, Emanuel garantiu que vai articular para conseguir as assinaturas necessárias.

Cabe destacar que, quando era deputado, Emanuel chegou a propor dois dos três pedidos de plebiscito recebidos na ALMT. Um deles, assinado em 2015, era para que a população votasse na seguinte pergunta: "No sistema de transporte coletivo da Região Metropolitana, o Governo do Estado deve substituir o VLT pelo BRT?".
Clique aqui, entre na comunidade de WhatsApp do Leiagora e receba notícias em tempo real.

Siga-nos no Twitter e acompanhe as notícias em primeira mão.


 

0 comentários

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do site. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

 
Sitevip Internet