Deputados estaduais aproveitaram reunião com o governador Mauro Mendes (DEM), nesta quinta-feira (25), e reclamaram da postura de alguns secretários do governo que estariam “tentando se promover pré-candidatos”.
Segundo o deputado Eduardo Botelho (DEM), havia muita reclamação de que os secretários estavam lançando ou decidindo obras sem ouvir os parlamentares. “Nada mais justo que ouvir os deputados sobre quais as obras prioritárias”, comentou o parlamentar, que deixou a Presidência da Assembleia Legislativa nesta semana.
Conforme o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), ficou acordado que os parlamentares vão “fiscalizar” a postura dos membros do Executivo para que as secretarias não sejam usadas como palanques eleitorais.
“Não podemos aceitar que, a dois anos da eleição, tenha qualquer trabalho político dentro de qualquer secretaria de Estado. Isso é o que a lei fala e os deputados são os vigilantes da lei, vão fiscalizar isso. Não vamos aceitar isso que venha acontecer. Agora, as ações do governo, entregas, aceleramento das ações, sem sombra de dúvidas são fundamentais”, manifestou.
Segundo Russi, as reclamações dão conta de que, apesar de serem os mais cobrados por demandas em suas regiões, e repassarem os pedidos aos secretários competentes, os parlamentares não eram consultados ou mesmo informados pelos gestores do Executivo ao serem determinadas ações para as localidades envolvidas.
Já para o deputado Sílvio Fávero (PSL), trata-se de ego dos secretários, que já estariam de olho nas eleições de 2022. Com isso, estariam usando as secretarias para finalidades eleitorais.
“Tinha alguns secretários tentando se promover pré-candidatos e alguns deputados já se queixaram sobre isso. Se insistirem, o governador vai tomar algumas medidas com referência a alguns secretários que estão se aparecendo mais que deputados”, explicou o parlamentar, ao deixar o Palácio Paiaguás, mas sem citar nomes.