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26/02/2021 às 07:10

Cuidadora pede doação de material para concluir casa de apoio a pacientes bariátricos

Zenaide é criadora do grupo Uma Nova Chance, que reúne em torno de mil pacientes

Eduarda Fernandes

Cuidadora pede doação de material para concluir casa de apoio a pacientes bariátricos

Foto: Arquivo Pessoal

É movida pela missão de honrar a memória do irmão caçula, que faleceu aos 43 anos por complicações causadas pela obesidade, que a cuidadora Zenaide Lopes, 56, dedica a vida a ajudar pacientes bariátricos e, há pouco mais de um ano, trabalha na construção de uma casa de apoio a esses pacientes. Com as cirurgias paralisadas desde março do ano passado em razão da pandemia, ela e o marido aproveitam todo o tempo livre para eles próprios “colocarem a mão na massa”.

Zenaide tem dificuldade em falar do irmão. Precisa fazer pausas durante a entrevista para engolir o choro e conter a emoção. Nilton Lopes Novaes morreu aos 43 anos, vítima de um infarto. Ele pesava 170 quilos. “Ele morreu tem oito anos. Deixou três filhos. Prometi que enquanto eu tiver fôlego, vou lutar por essa causa. A casa de apoio é um sonho que eu tinha e ano passado começamos a construção. Aí veio a pandemia, o hospital fechou e eu fiquei sem pacientes”.

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Sem pacientes, os recursos financeiros do casal também diminuíram drasticamente e, por isso, a obra anda a passos lentos. A casa fica localizada no número 21 da Rua Luiz Alves, no bairro Colinas Verdejantes, em Várzea Grande. Hoje já conta com duas suítes construídas, com capacidade total de aproximadamente 12 pessoas, e uma área, que ela pretende transformar em mais quartos. Mas ainda falta muito para terminá-la.

Zenaide estima ter gasto em torno de R$ 80 mil na obra, entre recursos próprios e doações de materiais, além do valor pago pelo terreno. Para concluí-la, ainda precisa de 20 bolsas de cimento, 280 metros de piso antiderrapante, 20 telhas eternit 3.66, argamassa e em torno de 500 tijolos, além de outros materiais de acabamento. “Para terminar, preciso de pelo menos R$ 40 mil. Surgiu um problema no telhado, o pedreiro me cobrou R$ 5 mil e aceitou dividir em 10 vezes, mas agora eu pago como? Tem dias que dá vontade de parar com tudo. É difícil”, lamenta. 

Antes da pandemia, Zenaide recebia os pacientes bariátricos em sua própria residência. Abrigava em torno de 15 por vez. “Tenho muitas saudades de recebê-los. Quando eles me mandam fotos do antes e depois, nossa, é muito gratificante”, comenta. A foto ao lado é do tempo em que ela recebia os pacientes em sua casa.

Ela é a criadora do grupo Uma Nova Chance, que reúne em torno de mil pacientes do Hospital Metropolitano de Várzea Grande, incluindo pós-operados e os que estão à espera da cirurgia bariátrica.

Doações podem ser feitas tanto em material de construção, como em dinheiro através de transferência para a conta poupança 00001595-7, agência 4651, operação 13, Caixa Econômica Federal, em nome de Zenaide Lopes N. Silva. Para mais informações, ela está disponível no 065 99226-0621.
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