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07/03/2021 às 16:00

Papa conclui visita ao Iraque com missa para milhares de fiéis

Último compromisso do Papa Francisco no Iraque foi a missa em Erbil. Ele volta ao Vaticano na segunda-feira.

Papa conclui visita ao Iraque com missa para milhares de fiéis

Foto: Divulgação/Vatican Media/Via Reuters

O Papa Francisco rezou uma missa para milhares de pessoas na cidade de Erbil, no Iraque, neste domingo (7), no encerramento de sua visita ao país.

Essa foi a maior missa celebrada pelo papa em sua viagem. Mais cedo, ele passou na cidade de Mossul, que foi dominada pelo Estado Islâmico até 2017.

"O Iraque sempre estará comigo, em meu coração", disse o papa no encerramento da missa em Erbil, no Curdistão iraquiano.

"Ouvi vozes de dor e angústia, mas também vozes de esperança e consolo", afirmou, diante de milhares de fiéis antes da bênção em árabe.
Em sua chegada, o pontífice de 84 anos apareceu em pé no "papamóvel" diante de milhares de fiéis reunidos no gramado e nas arquibancadas do estádio Franso Hariri.

O papa iniciou a missa em latim diante de uma plateia silenciosa no último dia de sua visita ao Iraque, a primeira de um sumo pontífice ao país.

Para Bayda Saffo, uma católica de 54 anos que fugiu dos extremistas em Mossul, "agora sabemos que há alguém pensando em nós e em como nos sentimos". Isso "encorajará os cristãos a permanecer em suas terras", disse. No Iraque o número de cristãos caiu em 20 anos de 6% para 1% da população.

Ao longo do dia, muitos seguidores do papa se aglomeraram sem máscara para ver o líder religioso. Sua visita ainda ocorreu em meio a um confinamento total, que seguirá valendo até segunda-feira (dia de sua partida) para enfrentar a Covid-19, que registra recordes de casos no país.

Vigilância reforçada
O último dia do papa no Iraque foi o momento em que os guarda-costas e as forças de segurança estiveram mais alertas.

O papa percorreu poucos quilômetros por estrada, e, nessas ocasiões, esteve em carro blindado. A maior parte itinerário foi percorrida de avião ou helicóptero. A ideia era evitar a ação de células extremistas clandestinas.

No domingo ainda houve algum contato como fiéis. Primeiro, em Mossul, onde ele lamentou o exílio dos cristãos orientais de um altar construído no meio das ruínas, na ausência de uma igreja ainda de pé. Lá, o papa deu um passeio em um carrinho de golfe sob os aplausos de uma pequena multidão.

Depois, em Qaraqosh, perto de Mossul, cidade cristã com uma história mais que milenar, o papa de 84 anos encontrou-se com fiéis que ainda hesitam em regressar definitivamente às suas aldeias.

Sua comitiva foi saudada pelos aplausos dos cristãos que fugiram anos atrás da ocupação jihadista da cidade, vestidos em trajes tradicionais. Ali, ele rezou o Angelus com eles.

A maioria dos cristãos do Iraque vivia na planície de Nínive, mas muitos fugiram de suas aldeias em 2014 e se refugiaram no Curdistão iraquiano. Desde então, apenas algumas dezenas de milhares deles voltaram.

Muitos dizem temer os ex-paramilitares agora integrados ao Estado e que ganharam espaço com o Estado Islâmico.

O papa deve deixar o Iraque com destino a Roma na manhã de segunda-feira.

"Agora está chegando a hora de voltar a Roma. Mas o Iraque estará sempre comigo, em meu coração", declarou o papa em Erbil.
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