No último dia 11, o mundo completou um ano em pandemia. Um ano em que termos como isolamento social, máscara e álcool em gel passaram a fazer parte da rotina diária da população. As pessoas precisaram se reinventar e sobreviver às mudanças e às perdas, que não foram poucas.
Ao longo dos últimos 12 meses, o estado acumula 274.788 casos e 6.456 mortes, de acordo com a última atualização do painel covid divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde até essa segunda-feira (15). Isto representa uma média de 750 casos por dia e 17 mortes diárias nestes 366 dias de pandemia registrados em Mato Grosso.
Neste período, julho foi mais sombrio já enfrentado por Mato Grosso. Naquele mês, 1.250 pessoas perderam a vida para o coronavírus em solo mato-grossense. O mês seguinte, agosto, foi o recordista em número de casos: 40.187 pessoas foram diagnosticadas com a doença, de acordo com dados dos boletins divulgados diariamente pela Secretaria de Estado de Saúde (SES).
Mato Grosso registrou o primeiro caso confirmado da doença em 16 de março, cinco dias após a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarar que o mundo estava em pandemia. Oficialmente, a primeira morte demorou algumas semanas, notificada em 3 de abril. A vítima era um homem de 54 anos, diabético e hipertenso, morador de Lucas do Rio Verde.
Até então a pandemia parecia algo distante, que acabaria nas próximas semanas e em nada mudaria a rotina da população. O engano não pode ser chamado de ledo, pois os noticiários mostravam incansavelmente, 24 horas por dia, a avalanche de casos que tomava conta do mundo e tornava o mapa cada vez mais vermelho. A cor indicava a chegada do vírus nos países.
Dos 25 casos confirmados em março, Mato Grosso saltou para 277 em abril, 2.727 em maio, 13.275 em junho e 35.774 julho. Vivíamos o tão temido pico da pandemia. Mas, àquela altura, ainda não sabíamos que os números começariam a cair nos meses seguintes, chegando a 15.344 em novembro.
A curva de óbitos seguiu traçado semelhante. A doença pandêmica matou 11 pessoas em abril, 59 em maio, saltou para 660 em junho, chegou a pico de 1.250 em julho, e então começou a cair. Foram 981 óbitos em agosto, 650 em setembro, 400 em outubro e 203 em novembro.
Com a pandemia em marcha lenta, as pessoas começaram a ter esperança de que, realmente, ao badalar dos sinos à meia noite do dia 31 de dezembro, tudo ficaria no passado. Mais um engano.
A esperança levou à confiança, ao arrefecimento das medidas de isolamento, às festas de fim de ano. Em dezembro, Mato Grosso teve 305 mortes em decorrência do coronavírus e 21.469 novos casos.
Como consequência do período festivo, Janeiro de 2021 registrou em alta. Mais que o dobro de óbitos, 634 para ser mais exata. E 36.569 novos pacientes contaminados pelo vírus.
Fevereiro não foi tão diferente, 652 vidas perdidas para a doença pandêmica e 33.869 novos casos confirmados.
Infelizmente, o que indicam os números divulgados todo fim de tarde pela SES, é que março será pior. Somente nos primeiros 10 dias, foram 367 óbitos e 16.162 casos.
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