O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Gustavo de Oliveira, justificou a retirada de apoio à proposta do Governo do Estado, de antecipar feriados para reduzir a circulação de pessoas. “Isso é efetivo do ponto de vista da saúde? Perder nove dias úteis, nove dias de produção, vamos chamar assim. A gente perder economicamente nove dias e não ter efeito sobre a saúde é o pior dos mundos”, apontou.
Gustavo se reuniu virtualmente com a diretoria da federação na tarde desta segunda-feira (22) e parte do encontro foi transmitido pelo YouTube da Fiemt. Foram compartilhadas informações sobre o cenário atual da pandemia, bem como números, estudos e algumas ponderações e posicionamentos da indústria.
O receio da federação é, mesmo depois das perdas econômicas decorrentes da antecipação de feriados, se verem submetidos a um lockdown de fato porque a medida anterior não surtiu efeito. Segundo Gustavo, os próprios técnicos da Secretaria de Estado de Saúde (SES) reconheceram a ineficiência do lockdown dividido em duas etapas.
“Porque ele [o lockdown parcelado] seria economicamente prejudicial e do ponto de vista da saúde não seria efetivo. Estamos dispostos a discutir alternativas”.
Na transmissão, o presidente citou o resultado de estudos sobre o lockdown em outros países, apontando a efetividade da medida quando de fato colocada em prática. E disparou: “Quem critica o lockdown no Brasil tem toda razão, porque a gente diz que tem lockdown, mas a gente não consegue efetivamente restringir a circulação das pessoas”.
“Não é nossa meta fazer lockdown, parar a economia, nossa meta é conseguir 55% de isolamento das pessoas. Eu vou repetir porque isso é muito importante. Eu preciso de cada um de vocês, diretores, donos de indústrias, empresários, possam nos ajudar com sugestões para que as indústrias possam colaborar com a elevação daqueles números”, pediu.
Neste contexto, disse que já alguns empresários já se dispuseram a alternar turnos nas empresas ou colocar parte dos funcionários em home office. “Isso é um sacrifício necessário porque a indústria é essencial, não podemos gerar desabastecimento”.
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