O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) afirma que só irá anunciar novas medidas de combate à pandemia do coronavírus após a efetivação de um decreto por parte do governador Mauro Mendes (DEM).
Ironizando a última sugestão do democrata em antecipar feriados, o emedebista acredita que a espera é necessária devido ao fato de seu último decreto ter sido derrubado pela Justiça porque ia na contramão do que foi estipulado pelo estado. O Judiciário tem tido o entendimento de que são válidas as medidas mais restritivas.
“Eu não sei o que virá. Lá cada hora sai uma pérola. Vamos ver as cenas dos próximos capítulos dessa trapalhada política, administrativa e jurídica proporcionada pelo Palácio Paiaguás. Tão logo a gente veja qual será a próxima peça apresentada, a Prefeitura de Cuiabá vai se manifestar”, criticou o prefeito.
Para Emanuel, por conta de sua postura, o governador está isolado e sem apoio, até mesmo, de seus aliados. Prova disso teria sido a reprovação do projeto de lei que visava antecipar feriados e garantir 10 dias consecutivos de feriado em Mato Grosso.
“Qual o nome vocês dariam a essa última do Palácio? Onde nenhum líder votou, nem os deputados votaram. Uma falta de comunicação muito grande com a sociedade. É o preço do isolamento, é o preço da arrogância, da insensibilidade, de não dialogar, não respeitar os segmentos, a sociedade, o setor produtivo, os trabalhadores. E achar que sozinho pode tomar decisão. Não pode e tá aí. Não foi a Assembleia que voltou atrás, foi a sociedade que reagiu”, pontuou.
O prefeito afirma que, tão logo o Governo do Estado se posicione, ele pretende editar um decreto que reforça a atenção primária e secundária.
Além disso, citou a sua intenção de flexibilizar de funcionamento de cada setor, o que, segundo ele, desafogaria, inclusive, o transporte coletivo. “Colocar a escola em um horário, o comércio em outro, o shopping em outro, intercalando as atividades para não gerar aglomeração”, finalizou.
