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Notícias / Polícia

30/03/2021 às 08:30

Professor Lac acusa secretário de VG de agredir o filho adolescente no Florais

Troca de acusações é gerada por briga entre adolescentes ocorrida na noite de sábado (27), no condomínio Florais dos Lagos, em Cuiabá

Eduarda Fernandes

Professor Lac acusa secretário de VG de agredir o filho adolescente no Florais

Filho de Luiz Antônio

Foto: Arquivo Pessoal

Uma briga entre adolescentes, ocorrida na noite do sábado (27), no condomínio Florais dos Lagos, em Cuiabá, gerou uma troca de graves acusações entre os pais dos envolvidos. De um lado, Luiz Antonio de Carvalho, conhecido como o Professor Lac, afirma que seu filho e o amigo dele foram espancados, vítimas de tortura. Parte das agressões teria sido cometida pelo secretário de Serviços Públicos e Mobilidade Urbana de Várzea Grande, Breno Gomes. Do outro lado, Breno afirma que seu filho é quem foi covardemente agredido.

O Leiagora conversou com ambos e ouviu as duas versões.

Versão de Luiz Antônio

Luiz conta que o filho estava aguardando um amigo e quando ele chegou, se direcionou ao quiosque errado. Isso gerou um princípio de desentendimento com o filho de Breno e três amigos dele, mas que logo se apaziguou. Passado um tempo, quando o filho de Breno e seus amigos deixaram o quiosque em que estavam, o filho de Luiz e o amigo optaram por mudar de quiosque e sentaram-se onde o outro grupo estava.

Mais tarde, o filho de Breno e amigos teriam retornado ao local e então começou a briga. “Parece que o amigo do meu filho deu um tapa na cara dele, ou deu um empurrão, isso não está muito claro para mim. Ele foi e chamou o pai dele. O pai dele chega, encurrala meu filho e o amigo dele. Pede para o filho dele bater no amigo do meu filho, ele não quis bater porque é um menino de bem. E aí ele começa a espancar o menino covardemente, brutalmente, está tudo em exames de corpo de delito”.

Luiz relata que só não aconteceu o pior porque uma moradora, que reside em frente aos quiosques, viu a cena, relatou no grupo de moradores e acionou a segurança do condomínio. “Meu filho continuou discutindo, brigando, deu um soco no olho do filho dele. Ele [Breno] fez o meu filho se ajoelhar - olha só a crueldade dele, igual coisa de facção criminosa - para pedir desculpas, pedir perdão, deu tapa na cara dele, deslocou o maxilar dele. Isso está comprovado no laudo da perícia técnica que fizemos”.

Em seguida, o filho de Luiz lhe ligou e ele, ao chegar ao condomínio, acionou a Polícia Militar e foram até a casa de Breno. “Sai um homem completamente alterado. O cara me ameaçou, falou que é influente, que foi secretário não sei do que, que tem dinheiro, que ia me pegar e ia resolver. Me empurrou, amassou meu carro, e foi para a delegacia”.

Ambos concordam que o empurrão ocorreu em frente aos policiais. Após, todos foram para a delegacia.

Luiz cita que tirou o filho do condomínio por medo de Breno. “O outro menino que foi brutalmente agredido por ele foi medicado, passa bem”. Segundo o professor, todos os adolescentes envolvidos na briga têm a mesma idade, 17.

Luiz Antônio diz que Breno foi alvo de três representações na polícia em razão das agressões. “Estamos tentando junto com meus advogados enquadrar a tortura que ele fez com meu filho. Não é só um crime de agressão, fazer o menino ajoelhar”, lamenta.

Versão de Breno Gomes

Breno nega ter agredido o filho de Luiz Antônio. “O que aconteceu foi o seguinte, primeira coisa que tem que analisar: dois meninos de praticamente 18 anos bateram num menino de 15 anos, que é meu filho. Meu filho é vítima nessa história. Eles estão tentando inverter as coisas. Pode analisar, uma pessoa faltando 21 dias para fazer 18 anos já é homem, né?! Ele pegar um menino que acabou de fazer 16 anos, pode ver o corpo do meu filho e o corpo do filho dele, você vai ver a diferença de peso. O cara tem barba na cara”, descreve o secretário.

Breno afirma que o filho de Luiz e o amigo visitante bateram em seu filho e o expulsaram do quiosque. O rapaz então foi para casa, chorando segundo o pai, que o mandou ir dormir. “Ele foi dormir e aí chegou os amiguinhos dele aqui e começaram a conversar. Quando eu vi, subi para o quarto, eles estavam voltando para o quiosque para tomar satisfação dos outros meninos grandes. Eu desci daqui, fui lá para recolher eles, eles já estavam discutindo, já estavam saindo em vias de fato. O menino bateu nele [filho de Breno] de novo na minha frente, não é morador do condomínio, é visitante. O cara que já está aqui, de visita no condomínio, ainda vai bater num morador?”, indaga.

O secretário diz que apartou a briga quando o visitante fez menção de agredir seu filho novamente e o mandou entrar em casa. “Segurei o outro, que é o maior, morador daqui, que estava com a visita que bateu no meu filho, segurei ele e pedi que ele pedisse desculpa, né?! Ele pediu desculpa. Eu perguntei: ‘quantos anos você tem?’ Ele falou 17 anos. Aí perguntei: ‘onde você mora?’ Ele falou a quadra e lote. Falei: ‘você suma daqui que eu não fiz filho para apanhar de malandro, não’”.

Depois disso, Breno conta que a confusão dispersou e, já em casa, ele colocou o filho de castigo por tê-lo desobedecido e voltado ao quiosque.

Passado uma hora, Luiz chegou em sua residência acompanhado dos policiais e todos foram para a delegacia registrar boletim de ocorrência e fazer exame de corpo de delito. “Meu filho está com suspeita de deslocamento da retina”, revela.
Sobre o empurrão em Luiz, Breno admite. Diz ter sido inevitável após ter sido xingado de vagabundo pelo professor. “Não aceito. Aí pelo amor de deus, tem que respeitar. Nós discutimos aqui na porta de casa e não teve vias de fato, mas eu realmente o empurrei para ele sair da porta da minha casa. Foi isso o que aconteceu”.

Breno diz também ter pego as imagens das câmeras de segurança do condomínio que comprovam sua versão. Contudo, não liberou para a reportagem por querer preservar a imagem de seu filho.
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