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Notícias / Política

12/04/2021 às 07:00

AL tem consenso para tornar profissionais da educação prioritários na fila de vacinação

Segundo deputado, projeto que torna a educação essencial abre portas para priorização de professores

Camilla Zeni

AL tem consenso para tornar profissionais da educação prioritários na fila de vacinação

Foto: Sumaia Villela/Agência Brasil

O início da vacinação dos agentes da Segurança Pública e a análise da proposta para tornar a educação uma atividade essencial em Mato Grosso podem acelerar a votação de um projeto de lei para que os servidores da Educação sejam prioridade na fila de vacinação contra a covid-19. 

De acordo com o deputado Paulo Araújo (Progressistas), a aprovação da proposta na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) é tendência, uma vez que os deputados formam consenso sobre o tema. 

“Nós estamos no período de início das atividades escolares. Então, se estamos discutindo volta às aulas, como é que não vamos discutir que a educação seja prioridade na vacinação? É igual ao da Segurança Pública”, comentou o parlamentar com a reportagem.


O deputado estadual Thiago Silva (MBD) usou argumento semelhante na semana passada, ao cobrar a priorização dos professores. “Precisamos dialogar e olhar para toda comunidade escolar, seja professor, diretor, alunos, pais, inspetores e coordenadores, pois infelizmente o aumento de casos covid-19 é preocupante em nosso Estado. A vacina tem que ser prioridade aos profissionais da educação”, disse.

Na Assembleia Legislativa, conforme o Leiagora revelou, pelo menos duas propostas exclusivas foram apresentadas com a intenção de tornar os trabalhadores da educação prioridade na vacinação. Um dos projetos de lei, de autoria do deputado Valdir Barranco (PT), porém, já foi rejeitado na Comissão de Saúde. O segundo projeto, do deputado Wilson Santos (PSBD), ainda não foi analisado. Nenhum dos dois foi colocado para votação em plenário até o momento. 

Conforme Paulo Araújo, mesmo o parecer contrário da Comissão de Saúde deve ser rejeitado no plenário. Isso porque, segundo ele, há um consenso entre os deputados para a aprovação desta proposta. O movimento ganhou força nessa semana, depois que os agentes da Segurança Pública começaram a ser vacinados, por determinação do Governo Federal. 

O deputado também avaliou que a prioridade dos profissionais da educação deve ser feita independentemente da análise da Assembleia Legislativa, em um movimento nacional. 

“A competência para legislar sobre prioridades é do Governo Federal. O governo estadual incluiu a Segurança Pública porque o Bolsonaro incluiu no decreto. Eu acho que a tendência natural, até pelo fato de estarmos discutindo a volta às aulas, é que a educação seja incluída como prioridade a nível de Brasil”, disse. 

O secretário de Estado de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo, também avaliou, nesta semana, que caberá ao Governo Federal fazer a inclusão de novos grupos prioritários. Isso porque, segundo ele, o governo estadual recebe os imunizantes contra a covid-19 com base no público-alvo da vacinação. Assim como foram enviadas doses extras para os agentes da Segurança Pública, a medida deverá ocorrer para a vacinação dos professores. 

“Não é falta de leis estaduais, é falta de dose. Acho pouco provável que essa iniciativa vai lograr êxito, porque existe um quantitativo de vacinas disponível no país e existe um plano nacional aprovado. Se cada estado resolver aprovar um plano, não vai haver vacina. Por isso acho que não vai gerar nenhuma efetividade”, disse o secretário. 
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