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16/04/2021 às 07:00

Sintep orientará professores a não voltar às salas de aulas, mesmo com Educação como essencial

Projeto de Lei foi aprovado pela AL e reconhece as atividades educacionais, escolares e afins como essenciais em MT

Eduarda Fernandes

Sintep orientará professores a não voltar às salas de aulas, mesmo com Educação como essencial

Foto: Reprodução

Em comunicado enviado à imprensa na noite desta quinta-feira (15), o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Valdeir Pereira, afirmou que, se necessário, orientará profissionais da educação a não cumprir o PL 21/21, caso seja sancionado.

O Projeto de Lei que ele menciona foi aprovado pela Assembleia Legislativa nessa quarta-feira (14) e reconhece as atividades educacionais, escolares e afins como essenciais em Mato Grosso. No entanto, uma emenda proposta pelo deputado estadual Thiago Silva condicionou o retorno das aulas à vacinação dos professores.

O governador Mauro Mendes (DEM) já sinalizou positivamente para imunizar a categoria, que deve começar a ser vacinada após os profissionais da força de segurança do Estado.

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Valdeir já havia emitido posicionamento na terça (13) contra o projeto, sinalizando que professores da rede pública de ensino só voltarão às salas de aula após os alunos também serem imunizados contra a covid-19. No último comunicado, disse que o projeto é equivocado e que a AL cedeu à pressão de alguns pais de estudantes, principalmente de escolas privadas, e prefeitos, sem considerar que isso coloca em risco 120 mil profissionais da educação.

“Reprovamos a aprovação do PL 21/21, isso porque irá restringir a atuação até mesmo daqueles gestores públicos que têm tratado a pandemia com responsabilidade e feito esforço para preservar vidas das pessoas e condições para manutenção da interação dos estudantes com as escolas. A inclusão da educação como serviço essencial nos causa grande preocupação e indignação. Se necessário for, como um instrumento para assegurar a vida dos trabalhadores e trabalhadoras e estudantes e suas famílias, orientaremos a negação ao cumprimento de uma medida tão absurda à vida que é essencial e devemos preservá-las”.

Valdeir afirma que nem mesmo o anúncio do governo acerca da solicitação de autorização para reservar 10% das vacinas dos próximos lotes, a serem aplicadas em profissionais da educação, resolverá, em curto prazo, a questão do retorno das atividades presenciais.

“Além disso, os estudantes com a faixa etária que será necessária a imunização (acima de 18), que alguns estudam no ensino médio, na Educação de Jovens e Adultos, no ensino técnico e ensino superior, também correm o risco de contágio e morte. Portanto, também devem ser imunizados”.

Ele assegura que os profissionais da educação não estão parados ou trabalhando menos neste período em que aulas remotas são ministradas. Ressalta, neste sentido, que é ainda mais sacrificante para o professor, pois trabalha sem jornada, dia e hora definidas, além de utilizar seus equipamentos particulares e suas casas como sala de aula. “Se há uma categoria que está ansiosa para voltar às atividades do novo normal com as aulas presenciais, são os trabalhadores da educação”, pontua.

Para Valdeir, submeter esses profissionais a jornadas presenciais sem a vacinação é uma “chacina anunciada”. “Não gostaríamos de contribuir para mais mortes de pessoas e as escolas não são ambientes imunes e seguros o suficiente para que não prolifere a covid-19. Infelizmente, para a maioria dos trabalhadores da educação de Mato Grosso só restam os hospitais públicos para se tratarem e eles estão lotados. Mas os deputados que querem educação como essencial e aulas presenciais, quando foram contaminados pela covid-19 e tiveram o quadro de saúde agravado e necessitaram de internação, foram assistidos por hospitais privados, até mesmo de fora do Estado, e que não atendem a população em geral”.
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1 comentário

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  • joana 16/04/2021 às 00:00

    SINTEP SÓ SERVE PARA FAZER PROFESSOR NÃO TRABALHAR. SÓ OUÇO FALAR DESTE SINDICATO QDO É GREVE OU ALGO PARECIDO. NUNCA VI UMA AÇÃO DE INCENTIVO ESCOLAR.

 
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