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16/04/2021 às 08:10

Mauro diz que volta às salas após vacinação de alunos ‘é uma piada’ e rechaça posição do Sintep

Presidente do Sintep gravou vídeo informando que a orientação é para que professores não voltem às salas de aula antes de todos estarem vacinados, incluindo alunos

Camilla Zeni

Mauro diz que volta às salas após vacinação de alunos ‘é uma piada’ e rechaça posição do Sintep

Foto: Michel Alvim/Secom

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), rechaçou a posição do presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), de que as aulas nas escolas apenas poderiam acontecer após a vacinação dos alunos. 

“É uma piada isso que o presidente do Sintep falou. Esse cara está de gozação. Sei lá o que que ele comeu, bebeu no dia, mas é uma piada. Quer dizer que ele quer que todo mundo esteja vacinado? Isso vai ser lá pro final do ano. É cativa essa opinião dele, mas não é a opinião da maioria da população”, avaliou o governador, em entrevista à rádio Jovem Pan na manhã desta sexta-feira (16).

Na entrevista, Mauro se referia à posição do presidente do Sintep, Valdeir Pereira, que afirmou que os estudantes acima de 18 anos, que correm risco com a covid-19, também devem ser vacinados antes do retorno às salas.

O governador destacou que já pediu a inclusão dos profissionais da educação na relação de prioritários para vacinação contra a covid-19 e o processo está sob análise da Comissão Intergestores Bipartite (CIB). Lembrou também que a Assembleia Legislativa aprovou projeto de lei para tornar a educação uma atividade essencial durante da pandemia, o que significa que as escolas não precisam ficar fechadas. Segundo ele, quando a nova lei chegar ao Paiaguás ele irá sancioná-la. 

“Como que eu vou vetar uma lei falando que a educação é essencial? Eu vou aprovar. Agora, à Assembleia cabe o seguinte, vai ser responsabilidade deles de exigir que todos os professores voltem para a sala de aula, porque os deputados têm que aprender que lei tem consequência. Agora, como que eu vou dizer que não é essencial?”, completou. 

Mauro ponderou concordar que a educação seja essencial, mas questionou a forma como a lei foi escrita. Ele levantou dúvidas sobre se as escolas têm estrutura para esse retorno às aulas e se todos os professores vão aderir ao movimento e reafirmou ser inviável aguardar até que o último aluno seja vacinado para, então, retornarem às escolas. 

Cabe destacar que as aulas híbridas já foram experimentadas em diversos municípios mato-grossenses, incluindo Cuiabá, neste 2021. Na Capital, as escolas foram autorizadas ao funcionamento no dia 1º de março. Contudo, evolução da pandemia e retorno da classificação de risco fez com que as escolas fechassem as portas no fim do mês. Atualmente, as escolas já estão autorizadas a funcionar. 

Opiniões diversas

Se depender do Sintep, a resposta ao governador sobre o retorno dos professores é um sonoro “não”. Nessa quinta-feira (15), Valdeir Pereira reforçou que vai orientar a todos os professores que não cumpram com a nova lei quando ela for sancionada. Para o representante, os deputados da Assembleia Legislativa cederam à pressão de alguns pais, principalmente de escolas privadas, e prefeitos, sem considerar que isso coloca em risco 120 mil profissionais da educação.

“Reprovamos a aprovação do PL 21/21, isso porque irá restringir a atuação até mesmo daqueles gestores públicos que têm tratado a pandemia com responsabilidade e feito esforço para preservar vidas das pessoas e condições para manutenção da interação dos estudantes com as escolas”, disse. 

Na quarta-feira (14), um dia antes desse posicionamento de Valdeir, mas após o Sintep já ter se posicionado contrário à proposta, a deputada estadual Janaina Riva (MDB) criticou a posição na Assembleia

“A saúde mental das crianças também está em risco e a defasagem de aprendizado também tem que ser levado em consideração. [...] Concordo, os profissionais da educação de Mato Grosso têm que voltar para as salas de aula vacinados, mas eles já estarão respaldados. Deixem a preocupação das crianças para nós, que somos pais, que vamos escolher se queremos ou não mandar as nossas crianças para a escola”, disse, na ocasião.
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