O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou não ter intenção de remoer águas passadas, mas colocou nas costas dos deputados estaduais a determinação de quarentena obrigatória expressa no último decreto com medidas restritivas de biossegurança contra a covid-19.
“O governo fez aquilo que era correto. O mundo inteiro fez isso e outros estados brasileiros também. A antecipação [dos feriados] é a forma de minimizar o impacto econômico, a vida da empresa, e aquilo teria evitado lockdown e outras medidas que acabaram trazendo transtornos maiores. Mas foi uma decisão da Assembleia e eles têm poder para isso”, comentou o governador, em entrevista à rádio Jovem Pan Cuiabá, nessa sexta-feira (16). .
Mauro lembrou que Mato Grosso era - e ainda é - o estado que tem o menor índice de isolamento social. Por isso, explicou que era necessário conter a circulação de pessoas. “Aqui, a maioria das pessoas está tocando a vida como se não existisse pandemia, está circulando da mesma forma. Entretanto, quanto mais as pessoas circulam, mais o vírus circula e mais gente se contamina”, ressaltou.
Por isso, destacou o governador, 14 deputados estaduais estiveram no Palácio Paiaguás, onde, em reunião com o Ministério Público Estadual e a Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), ficou acordada a realização do feriadão.
“Não vou ficar remoendo coisas, mas o que aconteceu foi que conversamos com os deputados no dia anterior, explicamos a grave situação e que precisávamos limitar um pouco. No dia anterior tinham lá 14 deputados e eles concordaram. O problema é que à noite eles receberam algumas mensagens. Quando você toma qualquer decisão, você agrada muitos e não agrada alguns. Daí aqueles que normalmente estão contentes, não fazem nada. Agora, os que estão insatisfeitos normalmente reclamam. E aí eles mudaram de opinião no dia seguinte”, finalizou.
Na época da votação da antecipação de feriados, apenas o deputado Lúdio Cabral (PT), que compõe a oposição ao governo, votou favorável. Lúdio é médico sanitarista e vinha, desde janeiro, cobrando a decretação de quarentena em Mato Grosso.
Apesar disso, outros deputados também se manifestaram favoráveis à proposta. O primeiro secretário da ALMT, Eduardo Botelho (DEM), votou contra o projeto, segundo ele, por um acordo dos deputados. Contudo, afirmou que era defensor da proposta e reconheceu que, se aprovado, o projeto traria menos prejuízos.
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