O custo da energia elétrica em Mato Grosso será 7,29% mais caro a partir da próxima conta. Apesar da crise ecônomica acentuada pela pandemia, a nova tarifa está em vigor para 1,5 milhão de unidades consumidoras situadas nos 141 municípios do Mato Grosso.
Já para as empresas, o aumento foi de 8,34% para estabelecimentos de Baixa Tensão (pequenos empreendimentos) e 10,36% para os de Alta Tensão (indústrias). As informações são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Os reajustes tarifários de 2021 foram aprovados em reunião pública extraordinária nessa quinta-feira (22) e valerão para algumas concessionárias de energia do país, dentre elas a Energisa Mato Grosso.
Para justificar o aumento, a Agência enumera alguns fatores que teriam impactado neste processo tarifário, como por exemplo os custos com as atividades de distribuição de energia, gastos com compra de energia da Usina de Itaipu (precificada em dólar) e pagamento de encargos setoriais.
A Aneel também cita algumas ações que teria tomado na tentativa de mitigar estas tarifas, dentre elas a “Conta-covid” e o reperfilamento do pagamento do financeiro da RBSE das transmissoras. De acordo com a empresa, estas medidas colaboraram “para amenizar as tarifas e manter o reajuste em um dígito”.
Apesar do aumento das tarifas, o relator do reajuste da Energisa Mato Grosso, Sandoval Feitosa, assegura que a “Aneel está sensível à gravidade dos efeitos da pandemia da covid-19 tanto para o consumidor final quanto para a necessária manutenção do equilíbrio econômico da concessão”.
O diretor-geral da ANEEL, André Pepitone, argumenta que as ações tomadas pela empresa serão suficientes para amenizar os impactos tarifários, além de citar a saúde financeira de empresas do setor como um fator decisivo para fixar o valor das novas tarifas.
“Realizamos a gestão das tarifas, com ações que serão capazes de atenuar os impactos tarifários que seriam sentidos pelos consumidores em 2021, mas sem comprometer o equilíbrio econômico das empresas dos segmentos de geração, transmissão e distribuição. Esse trabalho foi debatido com o Ministério de Minas e Energia e com todo o setor de maneira transparente e pelo bem do setor”, conclui.
O efeito médio da alta tensão refere-se às classes A1 (>= 230 kV), A2 (de 88 a 138 kV), A3 (69 kV) e A4 (de 2,3 a 25 kV). Para a baixa tensão, a média engloba as classes B1 (Residencial e subclasse residencial baixa renda); B2 (Rural: subclasses, como agropecuária, cooperativa de eletrificação rural, indústria rural, serviço público de irrigação rural); B3 (Industrial, comercial, serviços e outras atividades, poder público, serviço público e consumo próprio); e B4 (Iluminação pública).
Com informações da Aneel
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