O orçamento da Assembleia Legislativa de Mato Grosso de 2021 ainda segue intocável no caixa do Parlamento. Isto porque, de acordo com o primeiro-secretário da Casa, o deputado estadual Eduardo Botelho (DEM), o Legislativo ainda vem utilizando os recursos oriundos de 2020, mesmo tendo devolvido R$ 50 milhões ao governo do Estado para auxiliar na pandemia.
A economia feita tem um objetivo: reverter recursos em obras indicadas pelos próprios deputados. Pelo menos é o que espera o primeiro-secretário, que pretende dar mais transparência nos gastos, prestar conta aos demais parlamentares e sentar com o governo para negociar a devolução dos recursos, mas de maneira que renda dividendos políticos aos deputados, a um ano da eleição.
“Tudo que nós estamos fazendo vai ter uma economia, mas o que estamos gastando agora ainda é gordura do ano passado, porque além de tudo que nós devolvemos para o Governo, ficamos com um saldo em caixa, e tudo que estamos fazendo é com o saldo ainda do ano passado”, revelou.
Neste ano, o parlamentar afirma que o Legislativo fará uma nova devolução, mas frisa que será para atender obras destinas aos 141 municípios, as quais serão indicadas pelos deputados.
“O que tem desse ano nós vamos apresentar para os deputados no colégio de líderes para ver o que vamos fazer. Vamos devolver parcialmente para o Governo, e também atender os deputados. Atender no sentido de obras municipais, executadas através do Estado, atendendo indicações dos deputados, que são coisas pequenas que eles veem nos municípios. Vamos fazer esse link com o governo”, explicou.
Botelho ainda afirma que passará a prestar contas aos parlamentares quadrimestralmente e irá melhorar a transparência da Casa de Leis. “Vou prestar contas para todos os deputados quadrimestralmente, e vamos abrir uma linha para o deputado, para que ele possa entrar em qualquer assunto que ele queria, para destrinchar tudo que foi gastos. Dar transparência total, abrir mais a Assembleia”, finalizou.
Somente no ano passado, o Parlamento Estadual devolveu aproximadamente R$ 50 milhões aos cofres do Governo do Estado.
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