Os deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) rejeitaram o projeto de lei nº 630/20, que estipulava prioridade na fila de vacinação contra a covid-19 no estado. Ao todo, pelo menos 10 públicos seriam contemplados.
Proposto pelo deputado estadual Thiago Silva (MDB), ainda em julho de 2020, o projeto passou por votação na Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social e teve parecer pela rejeição, em março deste ano. Agora, em votação na sessão desta quarta-feira (5), o parecer foi mantido por maioria dos votos.
Conforme o substitutivo integral apresentado no início de abril, a intenção seria vacinar primeiro os profissionais da saúde, da segurança pública e da educação básica. Depois líderes religiosos, agentes comunitários de saúde e endemia, pessoas idosas, com doenças pré-existentes, como diabetes, pressão alta, doenças pulmonares, câncer ou doenças cardíacas.
Ainda, seriam priorizadas pessoas que trabalham em locais com alta transmissão, como presídios e casas de repouso, jornalistas, motoristas do sistema de logística e transporte de cargas, e demais pessoas vulneráveis determinadas pela Secretaria de Saúde do estado.
Dessas categorias, algumas já foram vacinadas, como os profissionais da saúde e segurança, e, segundo o governo estadual, os profissionais da educação deverão ser os próximos na fila.
Agora, segundo o deputado, como a matéria será automaticamente arquivada, a intenção é apresentar uma nova proposta para continuar na “briga” pela priorização de determinados grupos que ainda não têm previsão de serem vacinados. É o caso, segundo Thiago Silva, dos líderes religiosos.
“Nós vamos continuar trabalhando para que a Comissão da Saúde possa rever essa decisão. Eu sei que existe um plano nacional de imunização, mas eu vou continuar trabalhando para que essas categorias e segmentos possam ser atendidos também, porque, infelizmente, são onde mais temos perdido pessoas para a covid. Agora, então, vamos apresentar outro projeto”, disse ao Leiagora.
Segundo a reportagem apurou, são mais de 10 projetos separados que pedem a priorização de algum grupo na fila da vacinação. O fato teria causado descontentamento da Comissão da Saúde, na qual membros chegaram a comentar que, se todos os deputados tentarem priorizar alguém, "ficará difícil".
