O Governo de Mato Grosso deve lançar o edital para a implantação do ônibus de trânsito rápido (da sigla BRT, em inglês) até o final do mês de junho. A informação foi repassada nessa sexta-feira (7) pelo engenheiro de transportes da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra), Rafael Detoni, um dos principais responsáveis pelo projeto desde a Copa do Mundo de 2014.
Inicialmente, a intenção do governador Mauro Mendes (DEM) era que o documento fosse publicado ainda em maio, com todos os estudos e projetos concluídos. O motivo do atraso não foi divulgado.
Detoni esteve no Palácio Paiaguás para audiência pública na qual a Sinfra apresentou a proposta do BRT por mais de três horas. Segundo afirmou, a decisão pelo modal já está tomada e “não há volta”. Ele também garantiu que a implantação do novo transporte não dependerá de autorização da Caixa Econômica Federal ou do Ministério do Desenvolvimento Econômico.
“A gente não está aguardando a decisão de Brasília para saber se a gente segue ou não com o VLT. A decisão está tomada. O governador falou: vai ser BRT. O que estamos aguardando é se conseguimos aproveitar o saldo que está lá ou não”, comentou o engenheiro.
Atualmente, segundo o governo estadual, há um saldo de R$ 193,4 milhões liberados pela Caixa Econômica para ser aplicado na implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que havia sido o modal escolhido na época da Copa. Entretanto, com a mudança, o governo depende de autorização para acessar o recurso.
De acordo com o engenheiro, o custo final do modal ainda não foi calculado. Ele explicou que todos os detalhes da obra deverão ser apresentados assim que o anteprojeto for finalizado. Sobre o tema, ele também se adiantou e defendeu que, na época do anúncio do VLT, a proposta também não tinha projeto de implantação.
“A planilha vai trazer tudo dimensionado certinho. Hora que a gente fechar o anteprojeto a gente vai ter toda a planilha de custo. Nós estamos terminando tudo e até o final de junho sai o edital e o anteprojeto”, finalizou Detoni.
Segundo as estimativas do governo estadual, elaboradas em comparativo com a viabilidade de implantação do VLT, o ônibus de trânsito rápido deverá custar R$ 460 milhões, e deverá ter uma tarifa de R$ 3,04.
