Após muito embate, por 10 a 5, o vereador Marcus Brito Junior (PV) foi escolhido como relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Medicamentos. A definição ocorreu na manhã desta segunda-feira (10), durante reunião do colégio de líderes. Votaram contrário a indicação dele para o cargo os vereadores Michelly Alencar (DEM), Marcos Paccola (Cidadania), Edna Sampaio (PT), Dilemário Alencar (Podemos) e Sargento Vidal (Pros).
A escolha se deu por meio de votação e durante a reunião o clima esquentou entre os participantes, com os ânimos exaltados e até gritos. Além de Brito, estavam na disputa pela relatoria, os vereadores Paccola e Dr Luiz Fernando (Republicanos).
Paccola queria integrar a CPI representando o grupo de oposição e após muito bate-boca, ele ficou como membro na CPI. Já o parlamentar republicano, que pleiteava o cargo usando o argumento de que era o mais qualificado para a vaga, tendo em vista que é médico e possui atuação na área da saúde, ficou de fora.
A CPI será comandada pelo vereador Lilo Pinheiro (PDT), que é o autor do requerimento.
A CPI dos Medicamentos foi criada na Câmara de Cuiabá há duas semanas para investigar a questão referente aos remédios vencidos estocados na Central de Distribuição de Medicamentos e Insumos da Capital.
A denúncia surgiu após uma fiscalização realizada por um grupo de vereadores da oposição na sexta-feira (23). Em visita ao Centro de Distribuição, Diego Guimarães (Cidadania), Michelly Alencar (DEM), Paccola (Cidadania) e Maysa Leão (Cidadania) encontraram uma série de medicamentos com data de validade vencida.
Entre os remédios que foram encontrados vencidos estão: amoxicilina (antibiótico que tem sido usado para enfrentar as infecções por bactéria, em muitos pacientes com covid), Ibuprofeno (medicamento que trata dor, febre e inflamação, muito usado nos pacientes com covid), Ritalina, anestésicos, dipirona, paracetamol, e até leite em pó dado para bebês. Além de o AmBisome, um antifúngico que custa cerca de R$ 25 mil.
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