Cuiabá, quinta-feira, 28/03/2024
13:17:11
informe o texto

Notícias / Política

11/05/2021 às 13:37

Emanuel classifica audiência do BRT como farsa: ‘tapa na cara da população’

Evento foi realizado pelo governo estadual na última sexta-feira (10), de forma online

Camilla Zeni

Emanuel classifica audiência do BRT como farsa: ‘tapa na cara da população’

Foto: Camilla Zeni/Leiagora

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), não se deu por satisfeito com a audiência pública do ônibus de trânsito rápido (BRT, em inglês) realizada pelo governo estadual na última sexta-feira (7). O encontro ocorreu de forma virtual e contou com a apresentação da proposta por parte da Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra), que também respondeu aos questionamentos da população.

Para o gestor municipal, porém, a reunião não foi legítima. “É mais uma farsa. Não existiu legitimidade ali. Estão desrespeitando a população cuiabana e a várzea-grandense. É um tapa na cara das duas populações a forma como isso está sendo tratado”, comentou Emanuel na noite de segunda-feira (10), após inauguração do viaduto Murilo Domingos, em Cuiabá. 

Esta foi a segunda audiência pública sobre o tema. A primeira foi realizada no mês de fevereiro na Assembleia Legislativa, de forma híbrida, e contou com a participação em peso da Prefeitura de Cuiabá e aliados. Contudo, naquela ocasião, foi o governo estadual quem deslegitimou a reunião, quando o governador Mauro Mendes (DEM) classificou a audiência como “um circo armado”. 

Leia também - Edital do BRT deve ser lançado no fim de junho mesmo sem liberação da Caixa

“Se foi na Assembleia, como que foi uma farsa? Foi um deputado que solicitou, foi pública, híbrida e lotou o plenário. Como poderia ter sido uma farsa? Agora, uma audiência em que o próprio governo tinha o link, foi um faz de conta. Foi uma audiência de faz de conta, e eles estão se contentando, porque eles governam para eles. Eles não governam para a sociedade”, rebateu Emanuel.

A audiência pública realizada pelo governo estadual atendeu a uma determinação judicial em ação movida pela Prefeitura de Cuiabá. No mês de março, o juiz Ciro Arapiraca, da 1ª Vara Federal, determinou que o governo ouvisse as prefeituras e a população nesse processo de mudança de modal de transporte. 

A decisão se deu porque, em dezembro passado, o Estado decidiu abandonar de vez a obra do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e resgatar o projeto inicial de implantação do BRT. Mauro justificou o alto custo para o término da obra e sua inviabilidade. Ele chegou a pedir que o Consórcio VLT, responsável pela implantação do modal, fizesse o ressarcimento aos cofres públicos e a venda dos vagões que já foram comprados. 

Antes da audiência de semana passada, o governo estadual também tinha aberto uma consulta pública online para tratar dessa mudança de VLT para BRT. A Prefeitura de Cuiabá aproveitou a oportunidade para questionar ao governo se decisão já estava tomada e se havia procedimentos licitatórios em andamento. Com base na resposta obtida, juntou no processo a documentação como “prova cabal e inconteste que demonstra um efetivo e concreto desrespeito ao direito do Município de participar do processo decisório”.

Conforme o Leiagora já noticiou, o governo de Mato Grosso já afirmou que a decisão pelo BRT está tomada e o edital para implantação do modal deverá ser publicado no final do próximo mês.
Clique aqui, entre na comunidade de WhatsApp do Leiagora e receba notícias em tempo real.

Siga-nos no Twitter e acompanhe as notícias em primeira mão.


 

0 comentários

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do site. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

 
Sitevip Internet