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12/05/2021 às 10:44

Cuiabá participa de pesquisa nacional sobre impacto da vacina do HPV

A capital já participou da primeira etapa do estudo, no qual se destacou como aquela que mais contribuiu com coletas de exames

Leiagora

Cuiabá participa de pesquisa nacional sobre impacto da vacina do HPV

Foto: Luiz Alves

Começou nesta semana a realização da pesquisa nacional “Estudo de Prevalência do Papilomavírus no Brasil”, que visa conhecer o impacto da vacina contra o HPV (sigla em inglês para Papilomavírus) em pessoas entre 16 e 25 anos de idade e, no caso de mulheres, que não estejam gestantes. 

A coordenadora nacional do estudo, Eliana Wendland, que é médica ginecologista e obstetra, pós-doutora em Epidemiologia, professora do departamento de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, esteve em Cuiabá na semana passada e realizou o treinamento das enfermeiras, servidores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) que vão atuar na pesquisa e conhecendo as unidades onde serão feitos os atendimentos. 

Ela explica que o objetivo da pesquisa é avaliar o impacto da vacinação contra o HPV no Brasil, o que será feito comparando os resultados atuais com os da pesquisa realizada anteriormente. “Em 2016 e 2017, a gente fez uma primeira fase do projeto em que a gente avaliou os não vacinados. Agora a gente vai avaliar os vacinados pra saber se teve alguma diferença na proporção de pessoas que tem HPV entre os não vacinados e os vacinados porque, se tiver diferença, a gente vai mostrar que a vacina funciona e o quanto ela funciona, o quanto ela reduz a infecção por HPV nas pessoas”, afirma a pesquisadora.

Nos próximos dias, começará a pesquisa com o público-alvo da pesquisa, pelas enfermeiras capacitadas nas seguintes unidades: Serviço de Assistência Especializada (SAE) Grande Terceiro, USF Clínica da Família (CPA 1), UBS Grande Terceiro e USF Parque Ohara. Os interessados em participar devem ter entre 16 e 25 anos de idade e, se for mulher, não pode estar gestante. O voluntário passará por uma entrevista, assinará um termo de consentimento e depois fará a coleta de material genético.

Eliana Wendland informa que a pesquisa é importante para os participantes porque vai proporcionar a eles o exame de HPV, que não está disponível no Sistema Único de Saúde e que custa em média R$ 400 no mercado. Em alguns casos, também será feito o exame de sangue para mensurar a imunidade de quem já está vacinado. A vacina do HPV previne contra quatro tipos do Papilomavírus, que é o principal causador de alguns tipos de câncer, como colo-uterino, de garganta, de pênis e de ânus. “Basicamente, o que a gente está querendo evitar é o câncer. Então, vacinando as pessoas contra o HPV, a gente está prevenindo as pessoas, na verdade, contra o câncer”, explica a pós-doutora em Epidemiologia.

Referência nacional 

A pesquisa sobre HPV no Brasil já foi coordenada pela mesma pesquisadora entre 2016 e 2017. Na ocasião, Cuiabá foi a capital brasileira que se destacou e chegou a ser premiada por ter sido a que mais realizou coletas em menos tempo. Foram mais de 7,6 mil coletas realizadas em todas as capitais e o Distrito Federal, sendo que Cuiabá foi a que mais contribuiu, com 609 amostras coletadas. 

Naquela ocasião, Cuiabá também se destacou por ter a enfermeira coletadora mais eficiente dentre os mais de 200 profissionais, no Brasil, a enfermeira Divina Eterna Silva Freitas, que fez mais de 220 coletas entre os participantes.

Desta vez, a meta é coletar 15 mil amostras de exames de HPV no período de seis meses. Mas o coordenador da pesquisa em Cuiabá, o servidor da SMS e enfermeiro Odemir de Arruda Barbosa, afirma que a meta será batida em Cuiabá em menos de quatro meses. “Nossa meta de coleta é 718, mas tenho certeza absoluta que vamos fazer cerca de 1,6 mil”, disse. 

Com os resultados da pesquisa anterior, o Ministério da Saúde realizou um seminário com as várias áreas da saúde (saúde da mulher, saúde do homem) para que todas as equipes tivessem acesso às informações, que subsidiaram campanhas de conscientização sobre o HPV e sobre a vacina. “O que se espera é que este ano tenha menos pessoas infectadas, por conta da vacina”, conclui Eliana Wendland.

 
Assessoria

 
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