O vereador Dilemário Alencar (Podemos) apresentou três requerimentos solicitando a convocação dos fiscais do contrato firmado pela Prefeitura de Cuiabá para a implantação dos semáforos inteligentes no município de Cuiabá, alvo da Operação Sinal Vermelho, deflagrada no dia 5 de maio.
No entanto, mais uma vez a base do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) agiu para blindar a gestão municipal e os requerimentos não passaram pelo crivo do plenário durante a sessão ordinária realizada na manhã desta quinta-feira (13). No total, foram 16 votos não, dois sim e seis ausências.
Dilemário tinha a intenção de ouvir os fiscais sobre as questões referente à liquidação de despesas em favor da empresa CMT-MT, contratada para executar o serviço na Capital. Para tanto, requereu a convocação de quatro servidores municipais. Trata-se de Fabiano Dmyro, Michell Diniz de Paula, Nádia Escudero Santana e Adrielle Oliveira Martins.
Porém, a proposta foi rejeitada pela maioria dos parlamentares que alegaram que a Comissão Parlamentar de Inquérito (PCI), instaurada no Parlamento Municipal para apurar todos os contratos firmados pelo Executivo nos últimos 10 anos, deverá abranger a oitiva desses fiscais.
Além disso, a vereadora Maysa Leão (Cidadania) está correndo atrás de assinaturas para garantir a instauração de uma CPI específica para investigar a questão dos semáforos inteligentes na Capital. Porém, o requerimento tem apenas cinco assinaturas até o momento. O Regimento Interno prevê que, para ser instaurada, o documento de abertura de CPI deve conter, no mínimo, nove assinaturas.
A investigação da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor-MT) apontou um prejuízo de mais de R$ 500 mil na contratação dos semáforos inteligentes.