Alvo da terceira fase da Operação Rota Final, deflagrada na manhã desta sexta-feira (14), o deputado estadual Dilmar Dal'Bosco (DEM) afirmou que vai buscar saber os motivos que levaram à sua exposição desnecessária. Ainda, garantiu que nada de ilícito foi encontrado em sua casa, no município de Sinop (500 km de Cuiabá).
Por meio de nota, a defesa do parlamentar confirmou a operação comandada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e pelo Naco Criminal, ambos do Ministério Público do Estado. Segundo o advogado André Albuquerque, o mandado de busca e apreensão contra o parlamentar foi expedido pelo desembargador Marcos Machado, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Em Alta Floresta cumprindo agenda com o governador Mauro Mendes (DEM), Dilmar foi surpreendido no início da manhã, com a notícia da investigação. Ele é suspeito de participar de um esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude em licitação, que tem como líder o empresário Eder Pinheiro, proprietário da Verde Transportes.
"O deputado Dilmar Dal'Bosco, através de sua defesa, não entende os motivos pelos quais foi alvo de busca e apreensão pelo Gaeco, uma vez que já prestou depoimento no processo perante o Gaeco/Naco anteriormente, e sempre se colocou à disposição para qualquer outro esclarecimento. Sendo assim, estranhamente, foi alvo de busca e apreensão de documentos e bens eletrônicos", ponderou, por meio de nota.
A defesa do deputado ainda garantiu que o parlamentar não teria sido alvo do sequestro de R$ 86 milhões em bens determinados pela Justiça, e que nada foi encontrado durante a procura do Gaeco em sua casa.
"Sendo assim, a defesa irá buscar informações junto ao Processo Judicial bem como, junto ao Gaeco-Naco, para saber quais foram as razões que levaram a tamanha exposição desnecessária para com o parlamentar, além de outras medidas que entender serem necessárias", finaliza a nota, acrescentando que Dilmar não é réu nas ações que resultaram das fases anteriores da Operação Final.
Ainda segundo apurou o Leigora, Dilmar cumpriu a agenda normalmente na manhã de hoje e não deverá retornar para Cuiabá antes da próxima semana.
Conforme a reportagem noticiou, Dilmar não foi alvo de mandado de prisão, sendo que a medida, porém, chegou a ser expedida contra o empresário Eder Pinheiro. Além do parlamentar, o suplente Pedro Satelite também foi alvo da nova fase da operação. Entretanto, a reportagem não conseguiu contato com ele.
Acompanhe abaixo as notícias referentes a operação desta sexta-feira:
