O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que não pretende afastar o deputado estadual Dilmar Dal’Bosco (DEM) da liderança do governo na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) “apenas” porque ele foi investigado.
Mauro lembrou que também chegou a ser investigado e, três anos depois, foi declarado inocente, de forma que não pode “cometer uma injustiça” com o colega. No caso, o governador se referia à acusação de formação de quadrilha e corrupção passiva, pelos quais foi denunciado no âmbito da Operação Ararath.
“Eu não posso tomar uma decisão só em função de uma investigação. Eu já fui investigado, tá? E depois de três anos comparecendo na Polícia Federal, no Ministério Público e no Judiciário Federal, me inocentaram completamente. Então, eu não vou cometer injustiça com ninguém. Só o fato de estar sendo investigado, não é elemento para afastar alguém de uma liderança”, ponderou o governador, durante entrega de uma obra em Várzea Grande nesta segunda-feira (17).
Mauro Mendes ainda comentou que o Ministério Público tem o dever de investigar todo mundo, independentemente de ser deputado, secretário de estado ou prefeito, e parabenizou o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) pela investigação.
“Dou parabéns ao Ministério Público, à polícia que faz o seu papel, ao Gaeco, todos porque tem que investigar com seriedade, com responsabilidade. Isso eu sempre defendi e continuo defendendo”, finalizou.
Alvo de operação
O deputado estadual Dilmar Dal’Bosco foi alvo de mandado de busca e apreensão expedido pelo desembargador Marcos Machado, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, na última sexta-feira (14), quando foi deflagrada a terceira fase da operação Rota Final.
Segundo o Ministério Público, Dilmar é acusado de ter recebido R$ 512 mil do empresário Eder Pinheiro, dono da Verde Transportes, para atrapalhar um processo de licitação para o transporte coletivo intermunicipal. O valor total teria sido repassado de 2014 a 2017.
As informações que embasaram a operação foram repassadas pelo delator premiado Max William de Barros Lima. Ele também teria sido um dos operadores do esquema.
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